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DE QUEM NA VERDADE SERÁ A CULPA ?

São constantes as reclamações contra a atuação de pessoas de outros lugares que exercem mandatos eletivos em São Luis Gonzaga. Recai sobre os forasteiros a alegação de que estes só servem pra explorar e se beneficiar com os cargos políticos. Esse blog é useiro contundente em contestar essa prática, que é discutida nas mais variadas rodadas de conversas. O que existe de verdadeiro e de mito em tudo isso?.
Antes é preciso admitir que ninguém deixa sua terra pela terra de ninguém, se não for em busca de melhores oportunidades, e estas uma vez encontradas, não tem porque deixá-las escapar das mãos.
O espírito migratório ocorre tanto em SLG como em qualquer parte do Estado ou País. Por ser um direito natural, ao individuo é facultado a escolha de viver onde queira.
Não tive o privilégio de nascer em solo gonzaguense, mas aí vivi durante um bom e memorável tempo, onde deixei amigos e me considero filho adotivo. Nunca disputei mandato, mas contribui de forma positiva em alguns certames políticos, por isso me vejo de certa forma credenciado a tratar sobre o tema.
Do ponto de vista político, atesta-se a existência de políticos bons e ruins em todos os lugares possíveis, sejam nativos ou não. Péssimos exemplos na política podem ser fartamente encontrados em todos os cantos e recantos, com protagonistas de origem tanto dentro quanto fora do município que atuam .
A ambição a ganância e a sede pelo poder, não são atributos meramente deste ou daquele que nasceu dentro ou fora do território que ocupa. O campo avesso da política é quem dita a regra do jogo baixo.
Constatando-se que os forasteiros são na grande maioria reincidentes em péssimas gestões nesse município, a solução do problema não é objeto de caráter impossível. Basta a cada eleição o eleitor se posicionar contra o mal político, mandando-o de volta a sua origem, de onde não devia ter saído, por não servir ao interesse coletivo do município que tentou agregar-se.
Mas parece que aqui na terra de homens inteligentes, onde dorme o Mearim tem ocorrido o contrário. Os forasteiros é que tem sido acolhido e se efetivado em cargos políticos no município gonzaguense.
Em assim sendo, existe algo estranho na interpretação popular sobre esse fenômeno eleitoral.
De uma forma concreta, o instituto da fraude sucumbiu com o voto eletrônico e o eleitor é soberano quando adentra a cabine pra depositar seu voto, na escolha livre de quem o representará, conforme sua vontade e convicção. Porque então esse eleitor têm por preferência aqueles, que alem de forasteiros, vivem a ludibriá-los, conforme os queixumes?.
É deveras intrigante esse fenômeno.
Em contraponto, observa-se uma briga silenciosa e sem fim entre conterrâneos, uns querendo suplantar outros, tirando-lhes franca oportunidade. Parece viverem imersos num oceano de inveja e intrigas irreconciliáveis. Vejam hoje o escasso cenário da escolha de um nome pela oposição pra enfrentar o poder nas eleições deste ano. Até a presente data não houve consenso e muito duvido que o escolhido venha a ser deveras o melhor nome dentre os quais para o futuro do lugar.
E com essa conduta, fica difícil almejar alguma mudança. Logo tudo isso ocorrendo na terra de homens que se destacam pelo saber. Que ironia!
Portanto, antes de serem escorraçados os forasteiros, ditos sanguessugas e vilões dessa historia, é necessária melhor avaliação sobre o procedimento dos filhos da cidade que fazem política, bem como, atentar para as verdadeiras razões que levam o eleitor a ter preferência pelos de fora. Já que são os protagonistas dessa celeuma. Não se justifica os de fora que são a minoria, levar vantagem sobre os de casa que são a maioria esmagadora.
TEM ALGO MUITO ESTRANHO NESSE NINHO, além das crias de fora.
Parece que é preciso parar tudo, pra começar de novo tudo do zero. Isso, se a maioria não achar mais cômodo deixar tudo como está. Como tem sempre feito.
DÉ ZILUSÃO