A
Aneel aciona o nível 2 da bandeira tarifária vermelha, que adiciona
taxa extra de R$ 3,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos, por
conta de estiagem. Segundo a Aneel, o país enfrenta uma estiagem forte
no momento, o que tornou necessário o acionamento das usinas
termelétricas, que são mais caras.
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou hoje que a
bandeira tarifária das contas de luz em outubro vai ser a vermelha
patamar 2. A tarifa é a mais cara do modelo e representa a cobrança de
taxa extra de R$ 3,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) de consumo. Em
setembro, a bandeira era a amarela, com taxa extra de R$ 2.
Segundo
o diretor-presidente da Aneel, Romeu Rufino, a decisão foi tomada
devido à baixa vazão das hidrelétricas, porque as chuvas em setembro
ficaram abaixo da média. “Em função do regime hidrológico muito crítico,
este setembro foi o pior mês de setembro, do ponto de vista da vazão,
da série histórica do setor elétrico”. Apesar do alerta, Rufino disse
que não há risco para o abastecimento de eletricidade.
Desde
que a bandeira vermelha passou a ter dois patamares, 1 e 2, em janeiro
de 2016, essa é a primeira vez que o nível mais alto é acionado. A
tarifa extra mais alta se deve à necessidade de operar mais usinas
térmicas, cujo custo de produção da energia é mais alto que a da
produzida nas hidrelétricas, à base de água.
Na
semana passada, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE),
ligado ao Ministério de Minas e Energia, havia decidido não acionar as
usinas termelétricas mais caras, o chamado “despacho fora da ordem de
mérito” mas aprovou, se necessário, o aumento da importação de energia
elétrica da Argentina e do Uruguai “na medida em que for possível.
Na
reunião, o CMSE também decidiu retomar a operação de três usinas
termelétricas paradas: as de Araucária, Cuiabá e Termonorte II.
Economia de energia
Além
disso, a Aneel também vai fazer uma campanha de conscientização do uso
da energia elétrica. Entre as recomendações, usar a temperatura morna do
chuveiro e tomar banhos mais curtos, de até cinco minutos; diminuir ao
máximo a utilização de ar-condicionado e não deixar portas e janelas
abertas em ambientes com o equipamento; não colocar alimentos quentes e
deixar a porta da geladeira aberta apenas o tempo que for necessário; e
utilizar iluminação natural ou lâmpadas econômicas, além de apagar a luz
ao sair de um cômodo.
Edmilson Moura
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