Cidadão comum

Eu, definitivamente, não tenho mais esperança para acreditar que os políticos desse país ainda podem me surpreender com boas notícias.

Na decisão pela não cassação da deputada Jaqueline Roriz pela Câmara Federal, não houve surpresa, mas sobraram indignações por parte dos (e)leitores pelo País e principalmente aqui no DF.

Mais de 50% dos deputados absorveram Jaqueline Roriz que, dentre os motivos elencados para a sua não cassação, afirmou ser uma “cidadã comum”, quando praticara ato ilícito (dinheiro para campanha eleitoral não contabilizado – caixa 2).
 

O que leva uma casa como a Câmara Federal deste país, a livrar uma de suas integrantes diante de tal denúncia? E o que mais causa indignação é que ela se intitula “cidadã comum”, ou seja, qualquer um pode cometer crimes a qualquer momento e que isso não será imputado em sua vida futura.

Lembro-me que, quando estava para ingressar no serviço público, tive que provar que estava quite com o serviço militar, com as obrigações eleitorais, além de apresentar um documento chamado “Nada consta” para terem certeza de que se tratava realmente de um cidadão comum, para enfim, começar a trabalhar.


 Toda essa via-crúcis burocrática é uma exigência para qualquer pessoa dita “normal”, ter acesso a algum emprego público e até mesmo privado.


Diante disso fico a questionar em que divisões ou subdivisões de pessoas “normais” aquela deputada se encontra, para que um crime cometido, não seja registrado em seu curriculum vitae, e que tal registro não a impeça de ser diplomada deputada federal, representante sim de pessoas normais.


Dad Squarisi (Colunista do Correio Brasiliense) assim destacou: “Cidadãos comuns estão acima da lei?” Jaqueline Roriz provou que sim, e o pior, com o aval da Câmara Federal.


O que levou os colegas de casa (deputados) a evitarem a cassação? Medo de algum deles se tornarem a “bola” da vez? Ou não macular, ainda mais, a imagem, a reputação daquela casa? Aqui fica aquela máxima “Tá ruim, mas pode piorar”.

Seja qual for o motivo, uma coisa é certa: nossa representação na Câmara Federal com bons representantes cai cada vez mais.
             

Mas voltando ao assunto do “cidadão comum”..., até pagaria pra ver se qualquer outro cidadão (comum de verdade) que se envolvesse com atos ilícitos, o seu paradeiro não seria a cadeia, até pagaria, mas...
             

Perder ou não perder o mandato não abona o parlamentar do crime cometido, mas torna-se um fator a mais para pesarmos os candidatos nas próximas eleições.

Se assim os fatos continuarem entre deputados e senadores, o nosso Congresso Nacional terá outra definição além de: Casa do povo, Casa das leis, Casa da democracia, tornando-se uma verdadeira “Grande máquina de lavar” a céu aberto, para “limpar” ladrões, corruptos, assassinos, traficantes e afins.

Fonte: TB

1 comentários:

  1. REBELDE SOLITARIO, corrupção à parte, nota-se que os políticos que temos são nada mais nada menos que a imagem do povo refletida. Eles surgem é do seio do povo, não é de outra galáxia não. O político é o efeito, quem é a causa é o próprio povo. Não se pode ter bom produto se a industria desse produto é deficitária. Dá mesma forma, não se pode ter melhor político com as qualidades do eleitor que temos. Isso é matemática pura,Um é inversamente proporcional ao Outro.Existem sim as exceções, mas são raras.O X da questão não está no exercício da coisa e sim em sua formação. Pergunta-se: Quem surgiu primeiro, o político ou o eleitor?. Outra coisa, o eleitor é quem faz o plítico e não o contrário. Portanto, é uma briga insana entre trapaceiro e trapaciado, onde na verdade os dois se merecem, e olhe lá se no fundo não for o político o mais explorado.Sejamos menos hipócritas.O eleitor de uma forma geral não é tão coitadinho como se coloca, nem o político é tão vilão como se quer que seja.

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