Do: Blog do Louremar
Quando se trata da relação entre políticos é até difícil para a gente escrever a respeito. O que hoje é de um jeito amanhã pode ser completamente diferente. Mas como o ofício de blogueiro é escrever, especular é permitido. Não é crime.
O problema dos políticos é que, mesmo quando todos os sinais apontam para um caminho, eles insistem em dizer o contrário e ainda escalam aquele pessoal do departamento dos “Aspones” para engrossarem o discurso deles. Vimos isso há bem pouco tempo, quando eu divulguei aqui que estava sendo costurada a aliança entre Zé Vieira e Lisboa. Choveram comentários do tipo “eu não acredito” ou “isso nunca vai acontecer”. Nas ruas era só o que se falava e eles negando.
O fato aconteceu, Zé Vieira já foi para a televisão elogiar Lisboa, hoje fatura rios de dinheiro divulgando as ações da Prefeitura na TV Mearim e tudo ficou muito bem para todos. Até para aquele povo que se mostrava perplexo, indignado. Esses, acham a coisa mais natural do mundo os dois homens que já se digladiaram, que se esculhambaram em público, estarem juntos e misturados.
Voltemos à história do iminente rompimento entre o Senador e o Prefeito. O fato é algo aguardado desde que Lisboa e Zé Vieira se associaram. Perguntava-se se João Alberto fora consultado, se a aliança tinha as suas bênçãos. Ele calado.
Mas o que poderia dizer João Alberto? Seu grupo se resume a poucas pessoas, pouquíssimas mesmo. Se reúnem em torno da vice-prefeita Taugi Lago. Esta perdeu todo o seu potencial eleitoral, não só pela aliança que fez de uma hora para outra com Lisboa mas também pela forma passiva como se comportou ao longo de todo o mandato. Taugi hoje é uma rainha da Inglaterra, tem um cargo, ganha para isso, mas se comporta como se não tivesse nada a ver com a coisa. O que João Alberto ganharia rompendo?
No último final de semana João Alberto esteve na cidade. Prestigiou o Jubileu de Ouro do bar do Bulão. Antes disso fez política. Pela manhã reuniu com a cúpula da Assembléia de Deus. O leitor lembra do post em que eu disse que o nome do pastor Raposo é novamente cotado para ser candidato? Então. Não se sabe o teor da reunião que ocorreu a portas fechadas, mas certamente João Alberto não foi ter com os pastores para discutir dízimo e nem para ‘dar testemunho’ de sua fé.
O Senador conversou também com Lisboa e com Taugi Lago. Cada um em seu momento. Com Lisboa foi ríspido, atestam algumas pessoas. O certo é que algo desandou na conversa, tanto que Lisboa convocou uma reunião para a noite do domingo na sua fazenda em São Paulo Apóstolo. Líderes e cabos eleitorais foram chamados. Alguns até estavam de cama, como é o caso do secretário adjunto da Sedel, Rogério Santos. Mas todos foram. Na sua fala o prefeito deixou claro que ainda é autoridade no município e tem o comando do grupo político.
Outro fato anotado é a via-crucis percorrida pelo secretário Júnior do Saae, que atende pelo título de Dr.Júnior. Lançado candidato por Lisboa, caiu nas graças do Senador. Só andavam juntos. Desta vez foi diferente. Durante todo o dia Júnior percorreu a cidade, foi visto até na sala de espera do hotel onde João Alberto se hospeda, na intenção de ser recebido pelo Senador. Lançou mão de uma estratégia, chamou o vereador Serafim Reis para lhe acompanhar. O certo é que João Alberto estava articulando em outras frentes, com quem realmente decide e Júnior – convenhamos -não decide nada.
Júnior só foi se avistar com João Alberto à noite, no Bar do Bulão. Serafim, esse foi recebido. Depois de reunir com o vereador Ilton, agora sem o comando do PSDB, João Alberto convocou o vereador peemedebista para uma reunião.
Dois fatos significativos
Se João Alberto não tinha um nome para apresentar como candidato, a não ser o dele próprio, agora tem. O surgimento do pecuarista Zé Alberto e a sua obstinação em ser candidato a prefeito tiveram um efeito tônico na história. Diz-se que João Alberto o apresentará como candidato.
Outro fato é a decisão do grupo político ao qual o Senador pertence, de operar agora uma mudança prevista somente para o próximo ano. A saída de João Alberto do Senado e sua vinda para uma Secretaria de Governo faz mudar a maneira como ele se comportará no processo da sucessão em Bacabal.
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