DÉCIO SÁ, porque? porque? porque? mataram. DÉCIO SÁ.
E logo após o crime que deu fim a vida de Décio Sá, na época a afirmação era de que o jornalista teria sido vítima do próprio grupo para o qual trabalhava. Teria sido alvo de alguém com poder político e/ou econômico. ou de algum bandido rico, ou um bando?
Sobre o caso. Como é de conhecimento público, e de repercussão nacional, a investigação, foi feita numa velocidade acho que pouco comum, concluiu-se que o crime teria ocorrido a mando de uma quadrilha de agiotas que atua junto a prefeituras do interior do Estado. Os agiotas citados mantêm relações com membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Maranhão. Enfim, com gente que serve aos interesses estratégicos..
E aqui uma retrospectiva do caso que dias depois de anunciada a solução do caso, surgiu um nome só para relembrar o de Raimundo Cutrim, deputado estadual e ex-secretário de segurança nos três primeiros governos de Roseana. Seu nome apareceu depois que vazou o depoimento de Jhonathan de Sousa Silva, o mesmo que confessou ter executado Décio. Segundo as palavras do pistoleiro, colhidas pela polícia, Cutrim seria “o principal mandante”. Diante da natural repercussão da notícia, o governo do Maranhão se apressou em dizer que seu antigo aliado “é inocente, e o jornal O Estado do Maranhão, numa clara matéria disse, que a polícia estadual ia abrir ou reabrir três inquéritos que tratam de assassinatos não resolvidos e ocorridos em Imperatriz, São Bento e Presidente Vargas.
No meio disso, existia amizade ou inimizade pública entre Cutrim e o atual secretário de segurança, Aluísio Mendes. Uma briga que chegou ao seu ponto máximo (por enquanto) após um discurso de Cutrim na Assembleia onde ele "caiu de porra", chamou Aluísio de moleque e disse que o depoimento de Jhonathan “foi montado”. Apesar do tom bastante agressivo e das sérias acusações, em seu discurso Cutrim preferiu “esquecer” (pelo menos por enquanto).
E o governo do Maranhão chegou a declarar que o Maranhão não é terra de bandido.
E Décio Sá viveu num ambiente que transitava na sua rotina de trabalho. Ia da Assembleia Legislativa para os tribunais, da sede do Sistema Mirante para a “Casa Grande”, sempre próximo a prefeitos, desembargadores, conselheiros, secretários de estado, ricos agiotas, colunistas sociais, deputados, senadores, empresários que vivem de licitações fraudadas, enfim, no mesmo habitat daqueles que foram acusados de terem lhe matado.
Décio Sá, a vítima de um caso, não entendeu (ou não quis entender) todas as contradições e periculosidades de um grande esquema para, e que nesse meio em que ele circulava com aparente desenvoltura. Este polêmico profissional da imprensa, equivocadamente, sentia-se protegido pelos que estavam no topo desta pirâmide... E assim ele seguiu, com seu estilo até certo ponto atrevido e em muitos casos inconsequente.
Com as opções que fez na sua profissão, digo ele estaria mais bem seguro se fizesse a cobertura jornalística da Penitenciária de Pedrinhas... Pois lá, não estão os bandidos mais perigosos do Maranhão. Na cadeia, não estão os facínoras e os picaretas que há anos comandam e assaltam as nossas instituições públicas... que me desculpe mais tenho que dizer.
E hoje DÉCIO SÁ, está em uma prisão perpetua, porque não escondia a MENTIRA e sim mostrava escrevia a VERDADE.
E a verdade - é a única que se pode ter, até o momento sobre este caso - e quero dizer que no MARANHÃO há ambiente de impunidade e degeneração, que estamos vivendo hoje, no Maranhão, sabemos que o coautor e o assassino de DÉCIO SÁ, Jhonathan de Sousa Silva. foram condenados, e está de parabéns a JUSTIÇA e as autoridades, por chegar a um concluir do caso.
Mais será? quando a verdade vai deixar de doe, porque a mentira só existe enquanto a VERDADE está escondida, A IMPRENSA só mostra, só escreve a VERDADE, doa quem doe, sempre vamos mostrar a VERDADE. e saiba que todos nós temos um juízo diante de DEUS.
E DÉCIO SÁ foi, era a VERDADE. nua e crua.
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Edmilson Moura.
BRASIL OCUPA 3º LUGAR EM NÚMERO DE JORNALISTAS MORTOS EM 2012.
ResponderExcluirSÃO PAULO – Dados divulgados pelo Comitê de Proteção aos Jornalistas colocam o Brasil como o terceiro país onde mais jornalistas foram assassinados em 2012, até agora. Três profissionais perderam a vida por motivos confirmados e um ainda sem motivação revelada, afirma a organização. O Brasil está atrás apenas da Síria – que enfrenta uma guerra civil e 22 jornalistas já morreram – e da Somália, que registrou seis mortes este ano. De acordo com a entidade, o país está empatado com o Paquistão, também com quatro mortes, sendo três com motivação confirmada.
O último assassinato aconteceu em julho e vitimou o comentarista esportivo Valério Luiz de Oliveira, da Radio Jornal, em Goiânia. Ele foi morto em frente à emissora por um homem que estava em uma moto e lhe deu sete disparos. No momento do crime, as câmeras de segurança do prédio da emissora estavam desligadas. Segundo a delegada Adriana de Barros, responsável pelo caso, as suspeitas são morte por encomenda, vingança ou desavença.
Em abril, o jornalista Décio Sá foi morto por seis tiros à queima-roupa enquanto jantava em um bar da Avenida Litorânea, em São Luís. Ele era repórter da editoria de Política do jornal O Estado do Maranhão. Em 2006, havia criado um blog que se notabilizou por reportagens de jornalismo investigativo, entre elas denúncias contra políticos, agiotas e grupos de pistoleiros que agem na região. O Ministério Público denunciou 12 pessoas pelo crime.
Mário Randolfo Marques Lopes era editor-chefe do jornal eletrônico Vassouras na Net, da cidade de Vassouras (RJ). Ele e a namorada foram mortos em fevereiro, no Rio. No site, Marques criticou e denunciou vários funcionários públicos locais. O jornalista já tinha sofrido um ataque em julho de 2011, quando recebeu vários ferimentos de bala.
Também em fevereiro, o jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, conhecido como Paulo Rocaro, foi assassinado por dois pistoleiros que estavam em uma moto em Ponta Porã (MS), cidade que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça e do site Merco Sul News. As primeiras linhas de investigação apontam para vingança por conta de motivações políticas, mas outros motivos também não foram descartados. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas considera o crime não esclarecido.
A entidade não contabilizou no levantamento, contudo, a morte do jornalista Laécio de Souza, que aconteceu em janeiro na cidade de Simões Filho (BA). Laécio atuava como repórter em um programa político na rádio Sucesso FM, de Camaçari. Ele não aparece na lista da CPJ, que coloca quatro profissionais de imprensa assassinados no Brasil em 2012.
Número
4 assassinatos de jornalistas foram registrados este ano, mas somente o de Décio Sá foi elucidado, com o indiciamento de 12 pessoas
Mais
Em agosto, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou estado de “alerta especial” por causa do número de mortes de jornalistas durante o período de 2010-2012. De agosto de 2010 a julho deste ano, foram registradas, no Brasil, 12 mortes violentas de jornalistas. Dado que configura motivo para o alerta, segundo afirmação da associação.
Edmilson Moura.