Na imagem o Presidente Michel Temer ao lado de Eliseu Padilha e Henrique Meirelles. A nova equipe começa a anunciar as linhas gerais da nova gestão.
Após a primeira reunião ministerial do Governo do presidente interino Michel Temer, a nova equipe começou a anunciar as linhas gerais da nova gestão. Nesta sexta-feira, vários ministros concederam entrevistas coletivas para falar sobre os planos e medidas para os próximos meses. O primeiro a se pronunciar foi Henrique Meirelles, da Fazenda. Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, do Planejamento, Romero Jucá, e da Saúde, Ricardo Barros, falaram em seguida. Eles sinalizaram algumas mudanças que podem afetar a vida dos brasileiros:
AUMENTO DE IMPOSTOS
Os brasileiros podem prepara o bolso para mais impostos. Ao explicar a necessidade de equilibrar as contas públicas, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descartou o aumento de impostos ou a retomada da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Ele afirmou que, se necessário, um tributo será aplicado de forma temporária.
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MUDANÇA DA IDADE MÍNIMA DA APOSENTADORIA
Meirelles disse que o Governo está estudando uma proposta de idade mínima para aposentadoria. Hoje os brasileiros podem se aposentar com a idade média de 55 anos. Desde o início do Governo de Dilma Rousseff discute-se aumentar essa média para 63 anos (60 mulher e 65 anos os homens, ou igualar a idade).
CORTE DE SUBSÍDIOS E "BOLSA EMPRESÁRIO"
O novo ministro da Fazenda indicou que o governo Temer poderá rever subsídios e incentivos dados a diversos setores, como a desoneração na folha de pagamento às empresas, durante o primeiro Governo Dilma. A redução de impostos começou no final de 2008, para tentar estimular o crescimento do país e compensar os efeitos da crise mundial. Foi estendida na sequência para incentivar as empresas e evitar demissões. Caso a desoneração seja revista, empresários podem justificar cortes por aumento de gastos.
PROGRAMAS SOCIAIS
Apesar de ter afirmado que os programas sociais não serão cortados, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que é preciso haver uma "avaliação bastante forte e bastante cuidadosa" desse benefícios. "O fato de se manter um programa social não quer dizer que se possa manter seu mau uso". O ministro do Planejamento, Romero Jucá, também afirmou que o Governo vai auditar os programas. O objetivo é eliminar eventuais recebimentos duplicados de benefícios.
CORTE DE CARGOS NO GOVERNO
O ministro de Planejamento anunciou que o Governo do presidente interino Michel Temer pretende reduzir 4.000 cargos de confiança e outras formas de contratação sem concurso até o final do ano para equilibrar as contas públicas. "O que nós temos é uma meta física. Se a gente puder passar dos 4.000 cargos ou postos de trabalho, nós passaremos", disse Romero Jucá. Segundo ele, todos os órgãos e empresas públicas terão que reduzir gastos e apresentar resultados.
SEM AUMENTO DE VERBAS PARA A SAÚDE
O novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que não haverá mais dinheiro para a pasta neste ano. "Não vamos ter dinheiro para tudo, não vamos resolver todas as filas e as macas nos corredores, mas podemos melhorar a qualidade dos gastos e gestão", afirmou em coletiva nesta sexta-feira. Para o ministro será necessário usar a criatividade e melhorar a eficiência do gasto do dinheiro que já existe para a área.
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Do: EL PAÍS
Edmilson Moura.
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