Lendo o artigo “Temos o Maranhão que merecemos?” de Renilton Barros, fiquei a pensar em quanto essa oligarquia tem nos feito sofrer ao longo dos últimos 45 anos.
Em 1966, ano em que Sarney assumiu o governo estadual, o Maranhão não era muito diferente do que é hoje. Principalmente quando se pensa em distribuição de renda, porcentagem de miseráveis e índice de analfabetismo.
É verdade que houve avanço em vários setores da administração pública, mas se comparado a outros estados, nosso desempenho é vergonhoso. A elevação do PIB e da renda per capta foi um reflexo muito mais das decisões do Planalto Central que de práticas econômicas cultivadas no Palácio dos Leões.
A despeito desse avanço, continuamos sendo motivo de piada nos estados do sul-sudeste. Nossos municípios ainda são os últimos no ranking de IDH. Nossas escolas se destacam no ENEM como as piores do país (com raríssimas exceções).
A saúde, principalmente nas cidades do interior, está à beira do caos. Hospitais sucateados, programas não implantados, profissionais mal treinados e superlotação das unidades são a regra. Casos como o da gestante barra-cordense que morreu em Imperatriz são vistos com frequência em outras cidades maranhenses.
A malha rodoviária no Maranhão é lembrada como uma das piores do Brasil. A MA-012 tornou-se um “meio de vida” para mal-feitores de nossa região. Mesmo nas rodovias onde existe asfalto, o estado de conservação é péssimo. Rodovia bem sinalizada, com asfalto e acostamento íntegros são difíceis de se encontrar por aqui.
Mas fica a pergunta: será que a culpa é mesmo só da família Sarney? Até o mês passado 274 prefeitos haviam sido cassados no Brasil, 50 só no Piauí. A maioria das cassações foi motivada por desvios de verbas e falta de comprovação do uso do dinheiro público.
O Maranhão não sente muita inveja do Piauí quanto o assunto é corrupção nas prefeituras. Muitos prefeitos “caíram” e outros tantos se mantêm na corda bamba, por conta de uma sucessão de decisões judiciais que garantem a permanência nas prefeituras. Não fosse a promiscuidade entre Legislativo, Executivo e Judiciário os números poderiam ser bem mais assustadores.
Dizer que a culpa é dos Sarney é uma forma que muitos encontraram de desviar a nossa atenção. Todas as mazelas deste Estado são postas na conta de uma única família. Tomemos cuidados pra não entrarmos nessa alienação política e deixarmos de dividir as responsabilidades.
Nosso Estado não parou no tempo simplesmente pelo domínio de um clã por quase meio século, mas pela sórdida ação das quadrilhas que se instalaram em grande parte das prefeituras maranhenses.
Do: TB
Em 1966, ano em que Sarney assumiu o governo estadual, o Maranhão não era muito diferente do que é hoje. Principalmente quando se pensa em distribuição de renda, porcentagem de miseráveis e índice de analfabetismo.
É verdade que houve avanço em vários setores da administração pública, mas se comparado a outros estados, nosso desempenho é vergonhoso. A elevação do PIB e da renda per capta foi um reflexo muito mais das decisões do Planalto Central que de práticas econômicas cultivadas no Palácio dos Leões.
A despeito desse avanço, continuamos sendo motivo de piada nos estados do sul-sudeste. Nossos municípios ainda são os últimos no ranking de IDH. Nossas escolas se destacam no ENEM como as piores do país (com raríssimas exceções).
A saúde, principalmente nas cidades do interior, está à beira do caos. Hospitais sucateados, programas não implantados, profissionais mal treinados e superlotação das unidades são a regra. Casos como o da gestante barra-cordense que morreu em Imperatriz são vistos com frequência em outras cidades maranhenses.
A malha rodoviária no Maranhão é lembrada como uma das piores do Brasil. A MA-012 tornou-se um “meio de vida” para mal-feitores de nossa região. Mesmo nas rodovias onde existe asfalto, o estado de conservação é péssimo. Rodovia bem sinalizada, com asfalto e acostamento íntegros são difíceis de se encontrar por aqui.
Mas fica a pergunta: será que a culpa é mesmo só da família Sarney? Até o mês passado 274 prefeitos haviam sido cassados no Brasil, 50 só no Piauí. A maioria das cassações foi motivada por desvios de verbas e falta de comprovação do uso do dinheiro público.
O Maranhão não sente muita inveja do Piauí quanto o assunto é corrupção nas prefeituras. Muitos prefeitos “caíram” e outros tantos se mantêm na corda bamba, por conta de uma sucessão de decisões judiciais que garantem a permanência nas prefeituras. Não fosse a promiscuidade entre Legislativo, Executivo e Judiciário os números poderiam ser bem mais assustadores.
Dizer que a culpa é dos Sarney é uma forma que muitos encontraram de desviar a nossa atenção. Todas as mazelas deste Estado são postas na conta de uma única família. Tomemos cuidados pra não entrarmos nessa alienação política e deixarmos de dividir as responsabilidades.
Nosso Estado não parou no tempo simplesmente pelo domínio de um clã por quase meio século, mas pela sórdida ação das quadrilhas que se instalaram em grande parte das prefeituras maranhenses.
Do: TB
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