Seguindo a tradição de Maquiavel, presidente divide para reinar; troca de líderes no Congresso revela que ela não se intimidou com a rebelião do PMDB e o chororô do PT; terceiro ato pode ser o deslocamento de Edison Lobão do Ministério de Minas e Energia para a presidência do Senado
Do site Brasil 247
Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff surpreendeu o mundo político com dois movimentos ousados, radicais e complementares. Possessa com a derrota que lhe foi imposta pelo PMDB na nomeação de um técnico para a Agência Nacional de Transportes Terrestres, ela reagiu sem dó nem piedade. Menos de 48 horas depois de ter identificado as digitais dos senadores peemedebistas José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá – que informalmente se julgam membros vitalícios do que chamam de “diretoria” do Legislativo no Brasil – ela deu o troco. Convidou o ex-governador Eduardo Braga para assumir a liderança no Senado. Renan, Jucá e Sarney souberam depois. No dia seguinte, o petista Cândido Vaccarezza chegou ao gabinete presidencial como líder do governo na Câmara e saiu sem o cargo – para o seu lugar, Dilma escolheu o ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. O recado foi claro: a presidente sinalizou que, no Congresso, ela também fala mais alto.
Em Brasília, os lances de Dilma são vistos com apreensão. Tanto pelos governistas como pelos que torcem pelo fracasso do governo. Há muitos anos, um chefe de Executivo não realizava um gesto tão abrupto em relação ao Congresso. “Ela está igual a Lula antes do Mensalão”, disse ao 247, um dos mais influentes articuladores do parlamento. Palco de cobras criadas, o Congresso reagiu em silêncio, como é típico de quando seus líderes preparam respostas pesadas e traições futuras. Mas Dilma pagou para ver. E, seguindo a lógica de Maquiavel, que dividia para reinar, ela acredita que vencerá o duelo de forças como o PMDB e também com o PT, ancorada nos seus mais de 70% de popularidade.
Na marcha empreendida pelo Planalto, há um terceiro ato, ainda mantido em segredo. 247 apurou que a intenção da presidente da República é deslocar Edison Lobão do ministério de Minas e Energia para o Congresso. Lá, ele seria o candidato dela à presidência do Senado, lugar que José Sarney tem como cativo. Trata-se de um plano com requintes de sofisticação. Como Lobão é cria de Sarney, Dilma quer fazer com que a cria engula o criador. E, nele, ela confia. Ou melhor. Nele, ela manda.
Coincidentemente, diversas reportagens publicadas na Folha de S. Paulo desta semana, apontaram privilégios concedidos pelo Congresso a uma empresa que pertence a um neto de Sarney. Na prática, Dilma vem tentando mudar as práticas clientelistas que marcam a relação entre Executivo e Legislativo, sem que os atores do jogo tenham mudado. O momento favorece a presidente. Ela está no auge da sua popularidade, enquanto o senador maranhense vive seu crepúsculo. No entanto, a despeito da impopularidade, Sarney é um hábil articulador nos bastidores.
Hoje, os dois trocaram amabilidades em público – mas pelo menos uma flecha foi disparada. Amigo das palavras, Sarney ousou o termo “ousada” para definir a decisão do povo brasileiro em eleger pela primeira vez uma mulher para a presidência da República.
Talvez porque Dilma se intimide menos diante dele do que os homens que passaram pelo cargo.
Quem pode mais? É o que se vai descobrir assim que os interesses do governo estiverem em jogo no Congresso nas próximas semanas.
Do: Blog do John Cutrim
veja que tá incluso
ResponderExcluirCORRUPÇÃO SISTÊMICA
O 4º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) movimentou 140 procedimentos, entre ações cíveis e penais, apenas nos dois primeiros meses de 2012, só em janeiro foram 98. As ocorrências mais listadas são os delitos contra a União cometidos por ex-prefeitos, servidores públicos e beneficiários da Previdência Social.
Os casos mais emblemáticos de denúncias contra ex-prefeitos e servidores municipais em razão de omissão de prestação de contas e desvio de recursos públicos aconteceram nos municípios de São Luiz Gonzaga, Zé Doca, Peritoró, Fortuna, Cajari, Pirapemas e Bernardo do Mearim.
Servidores federais da Caixa Econômica Federal, dos Correios e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) também foram denunciados, acusados de participar de esquemas de fraudes de documentos para obtenção ilegal de benefícios e desvio ilegal de verbas públicas e de terceiros.
Ainda, após pedidos do procurador da República titular do 4° ofício, José Leite Filho, foram investigados e devidamente denunciados à Justiça Federal vários casos de sonegação de tributos por empresas privadas, utilização de cédulas, documentos de identificação e recibos médicos falsificados, danos ao patrimônio público em manifestações, assaltos armados a bancos e agências dos Correios e funcionamento clandestino de rádios no interior do estado.
Denuncie
Para denunciar crimes contra direitos do cidadão, consumidor, ordem econômica, meio-ambiente, patrimônio cultural, patrimônio público e social, indígenas e minorias ocorridos no Maranhão, entre em contato com o MPF/MA pelo número (98) 3213-7100 ou preencha formulário de denúncia pela página da internet www.prma.mpf.gov.br, no campo Denuncie, localizado no lado direito do site.
A denúncia pode ser feita também por meio de e-mail para o endereço denuncia@prma.mpf.gov.br ou mesmo pessoalmente na sede da PR/MA, localizada na Avenida Vitorino Freire, 52, Areinha, com horário de atendimento das 10h às 17h. As denúncias podem ser anônimas ou não.
Informações da ASCOM/ MPF
Que diferença faz trocar RAPOSA por LOBO.
ResponderExcluirO genérico Lobão tá ai pra isso mesmo. Sua misão desde a ditadura militar sempre foi acatar e executar todas as metas impostas pelo morubixaba seu criador. Não importa o carater ou a ética do tema. Vai de olhos fechados e de faca nos dentes, sem medo de ser faliz. Convicto de que a cadeira maior do Palácio dos Leões o aguarda em muito breve.
DÉ ZILUSÃO