"Nossa política e educação maravilha”



"O resultado do ENEM 2012 nos mostra claramente a falência de nossos partidos e o desprezo de nossos políticos com o que realmente é importante, EDUCAÇÃO. Apesar dos discursos que os azuis e os vermelhos farão aos montões a realidade mostra que ambos, após governarem o país por quase 20 anos tem pouco a apresentar"
*Diego Lacerda

            Gastamos energia diariamente para defendermos bandeiras de cores distintas, brigamos, falamos mal, nos consumimos para defender o governo A ou B, nos exasperamos para criticar o governo A ou B... Vemos claramente na Rede Social (Facebook), que a polarização o fanatismo e a irracionalidade tão demais, então, só nos restam uma coisa: partir pra pilhéria, que é um lindo nome pra sacanagem (?).
            A dualidade a ambigüidade poderia nos fazer refletir sobre a real necessidade de abdicarmos bandeiras, rótulos e idéias pré-concebidas e pensarmos maior, tipo, o que é bom para o país ou o que é bom para o partido A, B ou C?
            Portamo-nos na política como nos portamos nos estádios de futebol, não importa quão ruim nosso “time” é, o outro é sempre o pior. Justificamos o injustificável, defendemos o indefensável. Criticamos quem nos critica pelo simples fato de nos criticar, não importando a fundamentação da crítica, o outro é sempre o adversário, ou pior, o inimigo. Sempre o problema é o outro. A realidade, porém sempre aparecem para nos mostrar verdades que não gostaríamos de ver.
            O resultado do ENEM 2012 nos mostra claramente a falência de nossos partidos e o desprezo de nossos políticos com o que realmente é importante, EDUCAÇÃO. Apesar dos discursos que os azuis e os vermelhos farão aos montões a realidade mostra que ambos, após governarem o país por quase 20 anos tem pouco a apresentar.
            As 50 piores escolas no ENEM são públicas (se não me falhe a memória). Uma vergonha nacional que nenhum discurso pode amenizar.
            “Após mais de 25 anos de redemocratização do país” - apesar de progressos continuados em algumas áreas - a educação continua a ser tratada como “artigo de segunda categoria”. Nenhum partido ou político que governou neste período, nos níveis federais, estaduais ou municipais pode se jactar de nada. A mudança real, aquela que realmente importa e que dê condições de cada um escrever seu futuro, ainda não foi feita por ninguém.
            Se prosseguir do jeito que está, vamos passar a vida inteira enxugando gelo. Se não mudarmos algo, continuaremos abraçados a “herança cultural de nossa política maravilha”. Mas, mesmo com tudo isso: prefiro acreditar em um futuro próspero a criar uma verdade absoluta no presente.


Do: TB

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