A SECA NO SERTÃO JÁ É A PIOR DOS ÚLTIMOS 83 ANOS


Resultado de imagem para seca no ceara
Diversos erros são apontados, e nada é resolvido. Não é novidade para ninguém o problema da seca no Nordeste Brasileiro. Já com 512 anos de Brasil descoberto por Portugal, o Nordeste sofre com a sua 83ª estiagem da história, principalmente no Sertão Alagoano. E para piorar, a falta constante de água potável agrava ainda mais a situação nos municípios.
O volume de chuva que tem caído já é a pior (isso é fato), segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que tem dificultado a recuperação dos reservatórios da Bacia do São Francisco.
Os agricultores estão insatisfeitos com o "curto" inverno desse ano de 2015. Os prejuízos calculados por eles dão conta do que o pior "ainda" estar por vir, se não houver providencias coerentes e emergênciais do Estado, dos prefeitos e dos vereadores sertanejos que foram eleitos pelo povo este ano.
Para os estudiosos, o uso político, a falta de obras, os “pacotes milagrosos” e a corrupção nos órgãos criados para atuar no combate aos efeitos da seca são algumas das explicações. Será que tem mais?
A terra seca está coberta de pedra a muito tempo. Os currais se transformaram em um cemitério de animais. Em vez de falar em políticas de combate à seca, a "nova piada" agora é desenvolver projetos de convivência com o clima do semiárido, o que é apontado como a solução para o drama sertanejo. Enquanto isso, as consequências continuam graves.
Não é a toa que os grandes poetas nordestinos já haviam avisado através de poemas, músicas, filmes e livros do descaso com o povo sertanejo. Luiz Gonzaga cantou a seca de "A" a "Z". Patativa do Assaré, considerado por muitos um analfabeto, falava errado mas foi verdadeiro ao dizer que as prefeituras não tinham prefeito, e por fim, o imortal Ariano Suassuna, de cara limpa, afirmou sem medo que: "É muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuidos".

O Estadão.
Edmilson Moura.

0 comentários:

Postar um comentário