O Papa Francisco anunciou dia 22 de
novembro de 2016 que todos os padres poderão absolver de forma
indefinida o “pecado do aborto”.
A decisão foi divulgada na carta
apostólica Misericórdia e Mísera (misericórdia et misera) que marcou o
final do Jubileu da Misericórdia.
"Para que nenhum obstáculo se interponha
entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus, de agora em diante
concedo a todos os sacerdotes, em razão de seu ministério, a faculdade
de absolver a quem tenha procurado o pecado do aborto", escreveu o papa.
"Quando concedi de modo limitado, para o período jubilar, o estendo
agora no tempo", acrescentou.
"Quero enfatizar com todas as minhas
forças que o aborto é um pecado grave, porque põe fim a uma vida humana
inocente. Com a mesma força, no entanto, posso e devo afirmar que não
existe nenhum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e
destruir, ali onde se encontra um coração arrependido", disse ainda o
papa Francisco .
MISERICÓRDIA E MÍSERA
Misericórdia et misera são as
duas palavras que Santo Agostinho utiliza para descrever o encontro de
Jesus com a adúltera (cf. Jo 8, 1-11). Não podia encontrar expressão
mais bela e coerente do que esta, para fazer compreender o mistério do
amor de Deus quando vem ao encontro do pecador: «Ficaram apenas eles
dois: a mísera e a misericórdia».[1] Quanta piedade e justiça divina
nesta narração! O seu ensinamento, ao mesmo tempo que ilumina a
conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, indica o caminho
que somos chamados a percorrer no futuro. Foto:Juan Cevallos/AFP
Por Edmilson Moura
0 comentários:
Postar um comentário