A Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) recebeu da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), nesta terça-feira (26), autorização para aumentar a tarifa de luz em todas as 217 cidades do estado. A medida atinge cerca de 2,1 milhões de unidades consumidoras, enchendo ainda mais os cofres da concessionária e das prefeituras.
Para os consumidores de alta tensão o reajuste é de 22,25%; nesta categoria incluem-se as indústrias, grandes comércios e empresas, dentre outros
estabelecimentos. Para os consumidores de baixa tensão, o aumento médio é de 24,11%; nesse grupo estão incluídos, além dos residenciais e de baixa renda, unidades rurais e de serviços públicos, inclusive a taxa de iluminação pública, cujo dinheiro é repassado integralmente para as prefeituras.
O aumento entra em vigor imediatamente, no dia 28 de agosto (quinta-feira). Entre os fatores citados pela Aneel como influentes para o reajuste estão os gastos que a distribuidora teve com compra de energia, transmissão e pagamento de encargos setoriais.
Além desses, é considerada justificativa para o aumento a variação de custos que a empresa teve no ano – cálculo que inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços-Mercado e outros gastos.
CADÊ O MINISTRO DO MARANHÃO?
O Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, é do Maranhão. Mas parece que em momentos como esse, não lembra muito de interceder pela população de seu estado. Mesmo com o filho, o Lobão Filho, sendo candidato a governador do Maranhão nas Eleições 2014, o ministro não se comoveu em interceder por um reajuste menor nas contas de energia elétrica do Maranhão.
O ministro disse que os reajustes nas tarifas de energia são feitos em respeito aos contratos e para preservar a sustentabilidade do sistema elétrico do país. “Não fosse assim, entraria em crise um elo importante do nosso sistema”, disse ele.
Nas últimas semanas, a Aneel aprovou reajustes para as tarifas de diversas distribuidoras de energia, que em alguns casos passaram de 30%. Um dos fatores que contribuiu para isso foi a compra de energia mais cara, por causa da falta de água nos reservatórios das hidrelétricas.
O ministro voltou a dizer que embora o país esteja enfrentando a pior crise hidrológica dos últimos 80 anos, não se cogita a hipótese de racionamento de energia. “Não houve, e com a graça de Deus não haverá nunca mais racionamento neste país”, profetizou. Será?
Edmilson Moura.
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