“Não bastasse ser o último, ou estar na rabeira, do IDH, do ensino de matemática, do ensino de português, do saneamento básico e por aí afora”… Assim tem início o artigo indignado da jornalista da Folha de São Paulo, Eliane Cantanhêde, em defesa da intervenção imediata no nosso estado.
A preocupação da jornalista procede, tendo em vista os últimos acontecimentos verificados na capital. Os dados sobre segurança pública são simplesmente alarmantes: trata-se da menor relação de policiais por habitantes do país, 1 para cada 710 moradores. Em Brasília, 1 para cada 135, a título de comparação.
No artigo Barra no G 4, publicado em outubro passado, já alertava sobre a falta de segurança na região administrada pelo quinto BPM, cuja sede fica em Barra do Corda. Na época eram apenas 150 policiais para atender dez municípios da região.
Barra do Corda se encontra entre as quatro cidades mais violentas do Maranhão. Resultado da falta de investimentos no sistema de segurança, considerado um dos piores do país. As prisões do estado ocupam o sétimo píor lugar no país, 1,9 preso para cada vaga.
Eliane Cantanhêde culpa acertadamente Sarney pelo caos instalado. Afinal de contas, em 2016, o clã completa meio século de poder no Maranhão.
Peço licença â jornalista, com pais nascidos em Pedreiras, para acrescentar mais um na lista de procura-se culpados: o pernambucano Vitorino Freire, cacique que antecedeu Sarney no comando do estado por pelo menos 30 anos.
Juntos, Sarney e Vitorino, reinaram nos últimos 80 anos no Maranhão. Mais ninguém! Com um detalhe: o cargo mais elevado exercido por Vitorino foi o de senador. O Maranhão era reduto do velho PSD. Por meio dele, o pernambucano dominava a política local.
Blog Ribamar Guimarães
Texto: Murílo Milhomem
Obervação: Esse texto foi escrito em janeiro de 2014.
ResponderExcluirVITORINO E SARNEY
ResponderExcluirJuntos ou separados, Sarney e Vitorino sempre utilizaram o Maranhão para ter poder. Um nasceu em Pernambuco e veio para cá em busca desse poder. O outro nasceu aqui e depois foi se eleger no Amapá para continuar mantendo o poder que tem aqui. E lá se vão décadas, um período onde a população desse Estado foi, de fato, a grande derrotada, pois esteve sempre inteiramente desprezada pelo poder.
Diante de tudo ou da historia, nos parece que a sociedade maranhense está acostumada com a situação, ou não consegue viver sem a dominância de governos oligárquicos. Uma pergunta que teima em vir à tona: O Maranhão sabe viver sem uma oligarquia?
Edmilson Moura.