Quadrilha desviou R$ 12 milhões das prefeituras de Bacabal e Zé Doca


Foto: Louremar Fernandes
Um esquema de desvio de recursos públicos que rendeu 12 milhões de reais, está 
sendo desbaratado pela Polícia Federal através da operação ‘Usura II’. Os recursos 
foram desviados da área da Saúde e Educação.

Hoje pela manhã delegados e agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de 
busca, apreensão e condução coercitiva nas cidades de São Luis, Zé Doca, Bacabal
 e Pedreiras. A operação é realizada em parceria com a Controladoria Geral da 
União – CGU e tem o objetivo de ouvir relatos e recolher documentos que confirmem
 aquilo que a investigação já descobriu. Segundo Alexandre Lucena, 
Superintendente Rregional da PF em execício, “Há provas robustas sobre a montagem
 do esquema. A Polícia Federal não tem dúvida, nem a CGU, sobre a culpa dos
 envolvidos.

A afirmação foi feita durante entrevista coletiva na Superintendência da PF, da 
qual participaram também o delegado Mario Fanton, que preside a investigação e
 Israel Carvalho, coordenador operacional da CGU.

Como funcionava o esquema

Os recursos desviados da cidade de Bacabal, no período de 2009 a 2011,  somam
 7,5 milhões de reais, especificamente verba da Saúde. Na épóca o prefeito era
 Raimundo Nonato Lisboa. Em Zé Doca o desvio foi de 4,5 milhões de reais, das área
 da Saúde e Educação. 

Segundo o delegado Mário Fanton, há todo tipo de crime no processo “corrupção 
ativa, corrupção passiva, crime de responsabilidade de prefeitos, peculato, falsificação
 de documento público”. O dinheiro saia camuflado por licitações simuladas e 
despesas também simuladas e tinha como centro operacional um agiota.

Depois que foi feito o levantamento desses dados, na operação ‘Usura I”, a CGU passou
 a investigar os municípios e confirmou todo o esquema.

Justiça negou a prisão dos envolvidos e só autorização a condução coercitiva

De posse de todos os elementos, a Polícia Federal solicitou a prisão dos envolvidos
 no esquema. O pedido foi negado. Por isso que hoje os envolvidos não foram 
presos, apenas conduzidos de forma coercitiva para a tomada de depoimentos e logo 
depois foram liberados. Sobre o desenrolar do processo, o delegado Mario Fantom 
afirmou: “nesse momento foram apenas recolhidos documentos, mas pode 
haver congelamento de contas e sequestro de  bens”. 

No vídeo abaixo, o superintendente em exercício da Polícia Federal explica o motivo da 

não divulgação dos nomes dos envolvidos


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