ANUNCIE AQUI 01

ENTRE EM CONTATO COM A EQUIPE DO BLOG PELA A PAGINA CONTATO E ANUNCIE EM NOSSO SITE!

ANUNCIE AQUI 02

ENTRE EM CONTATO COM A EQUIPE DO BLOG PELA A PAGINA CONTATO E ANUNCIE EM NOSSO SITE!

ANUNCIE AQUI 03

ENTRE EM CONTATO COM A EQUIPE DO BLOG PELA A PAGINA CONTATO E ANUNCIE EM NOSSO SITE!

ANUNCIE AQUI 04

ENTRE EM CONTATO COM A EQUIPE DO BLOG PELA A PAGINA CONTATO E ANUNCIE EM NOSSO SITE!

ANUNCIE AQUI 05

ENTRE EM CONTATO COM A EQUIPE DO BLOG PELA A PAGINA CONTATO E ANUNCIE EM NOSSO SITE!

Nota de utilidade pública



O povoado pipira está ha 20 dias sem água segundo depoimentos dos próprios moradores, vejam nas imagens o sofrimento desse povo carregando um pouco de água de outro povoado a mais ou menos 2 quilômetros de distancia, e temos informações de que em outros povoados acontece o mesmo. A principal obrigação de om prefeito é cuidar do povo de seu município, entretanto o problema da água em todo município inclusive na cede, já é perpetuo a gente fala por falar, mas à quem diga que o povo tem o governo que merece, porque de uma forma ou de outra o povo o reelegeu.   

Maranhão, ‘O Estado do medo’



Por MARCO ANTONIO VILLA (O Globo)
Em meio ao processo do mensalão, as diversas operações da Polícia Federal ou a turbulenta relação entre os poderes da República, o Brasil esqueceu do Maranhão.
Na fase final da guerra contra Canudos, em 1897, os oficiais militares costumavam dizer que não viam a hora de voltar para o Brasil. Quem hoje visita o Maranhão fica com a mesma impressão.
É um estado onde o medo está em cada esquina, onde as leis da República são desprezadas. Lá tudo depende de um sobrenome: Sarney. Os três poderes são controlados pela família do, como diria Euclides da Cunha, senhor do baraço e do cutelo.
A relação incestuosa dos poderes é considerada como algo absolutamente natural. Tanto que, em 2009, o Tribunal Regional Eleitoral anulou a eleição para o governo estadual. O vencedor foi Jackson Lago, adversário figadal da oligarquia mais nefasta da história do Brasil.
O donatário da capitania – lá ainda se mantém informalmente o regime adotado em 1534 por D. João III – ficou indignado com o resultado das urnas. A eleição acabou anulada pelo TRE, que tinha como vice-presidente (depois assumiu a presidência) a tia da beneficiária, Roseana Sarney.
No estado onde o coronel tudo pode, a Constituição Federal é só um enfeite. Lá, diversos artigos que vigoram em todo o Brasil, são considerados nulos, pela jurisprudência da famiglia.
O artigo 37 da nossa Constituição, tanto no caput como no §1º, é muito claro. Reza que a administração pública “obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” e “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
Contudo, a Constituição maranhense, no artigo 19, XXI, § 9º determina que “é proibida a denominação de obras e logradouros públicos com o nome de pessoas vivas, excetuando-se da aplicação deste dispositivo as pessoas vivas consagradas notória e internacionalmente como ilustres ou que tenham prestado relevantes serviços à comunidade na qual está localizada a obra ou logradouro”.
Note, leitor, especialmente a seguinte passagem: “excetuando-se da aplicação deste dispositivo as pessoas vivas e consagradas notória e internacionalmente como ilustres”.
Nem preciso dizer quem é o “mais ilustre” daquele estado – e que o provincianismo e o mandonismo imaginam que tenha “consagração internacional.”
Contudo, a redação original do artigo era bem outra: “É vedada a alteração dos nomes dos próprios públicos estaduais e municipais que contenham nome de pessoas, fatos históricos ou geográficos, salvo para correção ou adequação nos termos da lei; é vedada também a inscrição de símbolos ou nomes de autoridades ou administradores em placas indicadores de obras ou em veículos de propriedade ou a serviço da administração pública direta, indireta ou fundacional do Estado e dos Municípios, inclusive a atribuição de nome de pessoa viva a bem público de qualquer natureza pertencente ao Estado e ao Município”.
Quando foi feita a mudança? A 24 de janeiro de 2003, com o apoio decisivo de Roseana Sarney.
Desta forma foi permitido que centenas – centenas, sem exagero – de logradouros e edifícios públicos recebessem, em todo o estado, denominações de familiares, especialmente do chefe.
Para mostrar o desprezo pela ordem legal, em 1997 foi criado o município de Presidente Sarney, isto quando a Constituição Federal proíbe e a estadual ainda proibia.
Quem criou o município? Foi a filha, no exercício do governo. Mas a homenagem ficou somente na denominação do município. Pena. Os pobres sarneyenses – é o gentílico – vivem em condições miseráveis: é um dos municípios que detêm os piores índices de desenvolvimento humano no Brasil.
Como o Brasil esqueceu o Maranhão, a família faz o que bem entende. E isto desde 1965! Sabe que adquiriu impunidade pelo silêncio (cúmplice) dos brasileiros.
Mas, no estado onde a política se confunde com o realismo fantástico, o maior equívoco é imaginar que todas as mazelas já foram feitas. Não, absolutamente não. A governadora resolveu fazer uma lei própria sobre licitação.
Como é sabido, a lei federal 8.666 regulamenta e tenta moralizar as licitações. Mas não no Maranhão. Por medida provisória, Roseana Sarney adotou uma legislação peculiar, que dispensa a “emergência”, substituída pela “urgência”.
Quem determina se é ou não urgente? Bingo, claro, é ela própria.
Não satisfeita resolveu eliminar qualquer restrição ao número de aditivos. Ou seja, uma obra pode custar o dobro do que foi contratada. E é tudo legal.
Não é um chiste. É algo gravíssimo. E se o Brasil fosse um país sério, certamente teria ocorrido, como dispõe a Constituição, uma intervenção federal.
O que lá ocorre horroriza todos aqueles que têm apreço por uma conquista histórica do povo brasileiro: o Estado Democrático de Direito.
O silêncio do Brasil custa caro, muito caro, ao povo do Maranhão. Hoje é o estado mais pobre da Federação. Seus municípios lideram a lista dos que detém os piores índices de desenvolvimento humano.
Muitos dos que lá vivem lutam contra os promotores do Estado do medo. Não é tarefa fácil. Os tentáculos da oligarquia estão presentes em toda a sociedade. É como se apresassem para sempre a sociedade civil.
Sabemos que o país tem inúmeros problemas, mas temos uma tarefa cívica, a de reincorporar o Maranhão ao Brasil.
Marco Antonio Villa é historiador

Do: Blog do Johm Ctrim

Alguém aí tem resposta Pra pergunta que eu faço?


Lampião, rei do cangaço
Foi bandido ou foi herói?
Nem sei se esta é a questão,
Pois hoje a corrupção
Tem um punhal cangaceiro
Sem dó e sem piedade,
Sangrando a dignidade
De quem é bom brasileiro.

O Virgulino moderno
É bandido refinado:
Exibe carro importado,
Tem jatinho e muito mais.
A caneta é seu fuzil,
Com ela assalta o Brasil
Do jeito que sempre quis:
Feito cupim na madeira,
Fazendo uma buraqueira
Nas finanças do País.

Esse novo Virgulino
Não tem chapéu estrelado,
Não sabe dançar xaxado,
Nem canta Mulher Rendeira.
Ele não dorme no mato,
Ama o conforto e o bom trato.
E não agüenta repuxo:
Com seu dinheiro e malícia,
Quando foge da polícia,
Se esconde em hotel de luxo.

Não anda pelas caatingas,
Nem cruza moita de espinho,
Mas constrói o seu caminho
Com muito nome esquisito:
É fraude, é clientelismo,
É pilhagem, é nepotismo,
É propina, é malandragem.
Mas ele não se contenta:
A tudo isso acrescenta
A mentira e a rapinagem.

Quando chega a eleição,
Sendo ele candidato,
Promete roupa, sapato,
Dentadura, leite e lote.
Se tem amigo disposto
A sonegar o imposto,
Ele segura a peteca
Com uma frase canalha:
- Se eu vencer a batalha
Eu perdôo essa merreca!

No palanque faz de Deus
O seu cabo eleitoral,
Criando o clima ideal
À exploração da fé.
Seu discurso é de devoto,
Mas sua fé é o voto
Da humilde multidão
Que, inocente, se dobra:
Vira massa de manobra
Nas garras do Lampião.

O seu instinto perverso
É muito sofisticado:
Ele mata no atacado,
Quando desvia milhões
Em cada cheque que assina
O bandoleiro assassina
Gente em escala brutal.
De onde vem a matança?
Da falta de segurança,
De médico, hospital...

É direito da criança
Ensino de qualidade,
Mas dessa realidade
Pouca criança desfruta.
E quanto ao saneamento,
Não existe investimento
Neste importante setor,
Porque o nosso dinheiro
Vai parar no estrangeiro,
Na conta do malfeitor.

O cangaceiro de hoje
Tem site na Internet
E grava até em disquete
Os seus planos de ação.
Certo da impunidade,
Ele se sente à vontade
Pra dizer sem embaraço,
Justificando a orgia:
- Lampião nada fazia
Já eu roubo mas eu faço!

Penso até ser injustiça
Comparar o Virgulino
Lá do sertão nordestino
Com esses cabras de hoje.
Pois de uma coisa estou certo:
Lampião nem chega perto
Desses que, de forma vil
E com bastante requinte,
Saqueiam o contribuinte
Que ainda crê no Brasil.

Ah, capitão Virgulino,
Que andas fazendo agora?
Chega de tanta demora.
Sai dessa cova ligeiro,
Vem retomar teu reinado!
Anda logo, desgraçado,
Chama teus cabras de fama,
Traz Corisco e Ventania,
Quinta-Feira e Pontaria,
Tira o país dessa lama!

Chama Dadá, traz Maria,
Pra te dar inspiração,
Traz Canário e Azulão.
Onde andam Moita Brava,
Jararaca e Zé Sereno,
Que provaram do veneno
Da refrega sertaneja?
E Bem-Te-Vi, bom de briga,
Cantando a mesma cantiga,
Não vai fugir da peleja.

Não esquece Volta Seca,
Sabonete e Jitirana,
Que viravam caninana,
Nos instantes de combate.
Chama também Zé Baiano,
Pois entra ano e sai ano
E a coisa fica mais feia.
Já são muitos excluídos
E a culpa é de bandidos
Que precisam levar peia!


Anda logo, que o Brasil
Já se cansou do teu mito,
Ouve o apelo e o grito
Do povo deste país.
Mas cuidado, Capitão,
Cuidado com a mangação
Que pode ser um horror.
Já tem corrupto espalhando
Que, em formação de bando,
Lampião era amador!

Mais um presente de grego


Pelo quarto  Natal consecutivo a praça na entrada da cidade é enfeitada com as mesmas  bugigangas de sempre, ou seja, enfeite confeccionado   com material   recolhido no lixo, isto só vem demonstrar o apresso e consideração que eles  tem pelo  povo que os banca, e achamos que estas mesmas imoralidades é que vai enfeitar os próximos quatros Natais, ninguém merece!!     

Mensagem Natalina


O blog Rebelde Solitário na pessoa de sue proprietário esse humilde Gonzaguense que nasceu em Barra do Corda, deseja a  toda nação Gonzaguense   um feliz natal e um prospero ano novo, em especial seus leitores e simpatizantes. Só não posso é deixar de registro aqui também o meu repudio pelo presente de grego que de certa forma foi oferecido pelo prefeito, que foi uma blitz surpresa aos proprietários de veículos de quatro e duas rodas do município, somos a favor da coisa certa, mas esta operação deu muito que falar.       

QUEM É MESMO O PAPAI NOEL? José Henrique Ferreira Leite Escritor bissexto




Uma vez, no mês de dezembro do ano de 1996, uma professora me pediu para escrever uma mensagem para ser lida na confraternização de natal dos funcionários, pais e alunos do colégio Objetivo de Boa Vista, onde eu era diretor administrativo. Queria que eu falasse sobre o Papai Noel. Alertei-a de que eu não era a pessoa mais indicada para aquela tarefa. Contei-lhe da minha experiência frustrante com o velhinho na minha infância.
Tinha dez anos, quando pela primeira ouvi falar no Papai Noel. Apresentaram-me como sendo um velhinho bom, de barbas brancas, que carregava nas costas um saco de presentes para as crianças de todas as idades do mundo todo. Mas isso não podia ser verdade. Fiquei desconfiado. Como, aos onze anos de idade, naquele dia 24 de dezembro de 1959, nunca tinha ouvido falar nesse bom velhinho? Por que ele nunca havia aparecido lá pelo Centro dos Protestantes, no Maranhão, onde até seis meses atrás eu morava? Ali, como muitos da minha idade, não passava de um moleque sambudo que perdera a mãe com apenas quatro anos e que vivia com um bando de irmãos na casa do avô paterno. O papai de verdade andava por aí, não se sabe por onde. Durante o ano ele raramente aparecia. Bem que esse tal Papai Noel poderia ter aparecido por lá nas ausências do Papai de verdade.
Já em Boa Vista – trazido do Maranhão por duas tias com as quais passei a morar – não gostei de saber desse Papai Noel “bonzinho” que, como meu pai verdadeiro, só visitava as crianças uma vez por ano com algum presentinho. Eu não queria presentes. Eu queria um pai presente. Na minha cabeça de menino de onze anos esse tal Papai Noel não me incitava emoção nenhuma. Pelo contrário, tinha medo que me trouxesse mais contrariedade do que felicidade. E trouxe. Em primeiro lugar, disseram-me que tinha de dormir cedo na noite de natal. Ele não entregava o presente diretamente nas mãos das crianças. Era preciso estar dormindo porque ele passava meia-noite. Se a criança estivesse acordada, ele não deixava o presente debaixo da rede. Imaginem dormir com tanta ansiedade! Outra coisa me deixava embatucado: por que esse tal Papai Noel não passava cedo em casa e entregava os brinquedos diretamente para a criançada? Pra que tanto mistério? Mais uma: por que havia um tipo de Papai Noel que aparecia no campo de futebol João Mineiro ou na frente da casa do governador, na Jaime Brasil? Pude entender isso algum tempo depois. Mas de um detalhe não esqueço: tanto o primeiro presente que deixou debaixo da minha rede como os demais que ganhei no João Mineiro e na Jaime Brasil, nos anos seguintes, não passavam de presentinhos fajutos. O primeiro, um minúsculo carrinho de plástico que ao primeiro tranco, as rodinhas voaram pra bem longe. O segundo, uma luneta da cor de alumínio que não aproximava um centímetro sequer os objetos focados. As bolas de borrachas, que passei a receber nos natais seguintes, furavam ao primeiro toque no arame farpado das cercas que protegiam os quintais da época.  Uma lástima! Papai Noel sem-vergonha...   
        Bem, falei com minha amiga professora sobre essa pendenga que tinha com o velhinho da Lapônia imaginando que ela haveria de convidar outra pessoa para atender seu pedido. Que nada! Ela insistiu achando que aquela era uma boa oportunidade pra muita gente ouvir outro ponto de vista sobre o natal e o seu herói de barbas brancas.
Sem saída, topei o desafio. Escreveria um texto curto, pensei. Mas um texto que pudesse atingir o cerne da questão. Ou seja, com uma proposta que pudesse desmascarar o velhinho impostor que se instalara no imaginário das crianças como sendo o principal personagem do natal. Diria isso em vinte e cinco linhas, para lembrar que o dia 25 de dezembro é o dia de um menino muito jóia: o menino Jesus. Não desse tal “bom” velhinho de história fantasiosa e obscura.
        Aceitei o convite a contragosto. Escrevi de afogadilho. O texto saiu chinfrim. Porém, pela reação da maioria dos ouvintes o objetivo parece ter sido alcançado. O escrito causou bastante desconforto e pelo zunzunzum abrira um importante flanco de discussão sobre o assunto. Era o que a professora queria. Eu... Nem tanto.
Comecei o texto falando em rápidas palavras da fantasiosa e obscura história do Papai Noel, um pagão metamorfoseado e cristianizado – como foram muitas outras crenças e costumes – pela criatividade dos pais da igreja cristã primitiva. Que ninguém se engane, o bárbaro Papai Noel reformulado pela tradição cristã nunca deixou de ser pagão. Vejamos:
Affonso Romano de Sant’Anna, em seu livro de crônicas “Tempo de delicadeza”, põe luz sobre a origem do velhinho de barbas brancas. Diz ele que há duas origens do mito do Papai Noel. A mais comum está ligada a São Nicolau um santo que salvou marinheiros nas tempestades, libertou moças do cativeiro e ressuscitou crianças. Sua fama de bom velhinho vem daí.
A outra lenda – a mais provável – sobre sua origem antecede o cristianismo. Nessa história o Papai Noel não tem nada de bonzinho. Diz Affonso: o mito do velhinho que em pleno inverno europeu trazia às costas um saco cheio de presentes para distribuir às crianças, é, na verdade, a maneira como o imaginário cristão reformulou o mito arcaico que era exatamente o inverso do Papai Noel como hoje é conhecido. O personagem se chamava Nicolas. Estava sempre à frente de um bando de mascarados e por onde passava estalava seu chicote que fazia soar os sinos dependurados em seus trajes. O velho Nicolas e seu bando assaltavam os povoados e obrigavam seus habitantes a celebrarem com eles seus festins licenciosos. Por onde passavam sequestravam crianças e as punham dentro dos sacos que traziam. Essas incursões do bando liderado pelo velho Nicolas (Papai Noel) aconteciam exatamente no solstício do inverno europeu, vinte e cinco de dezembro, dia que a igreja, tempos depois, escolheu para fixar a data do nascimento de Jesus.
Há no inconsciente coletivo dos povos nórdicos, como também no dos franceses, belgas e alemães, a lembrança dessa horda de bandidos montados nos seus robustos cavalos. Affonso Romano anota que no folclore da região de Lorraine existe a figura do Pai com chicote, cuja ambiguidade remete tanto para o bárbaro que vinha chicoteando seus cavalos quanto ao Papai Noel que viaja docemente “chicoteando” suas renas. Romano informa ainda, que, coincidentemente, na biografia do São Nicolau, o chicote também aparece, mas de forma invertida. Na versão cristianizada o velho Nicolas que chicoteava passa a são Nicolau martirizado com um chicote. Na Alemanha, o “Klaubauf” é retratado na figura de um velho que carrega um saco para recolher crianças, remetendo ambiguamente para a mesma lenda. Na mesma linha, na Inglaterra esse vestígio da imagem arcaica e pré-cristã de Nicolau aparece no nome do capeta conhecido como “velho Nick”.               
Finalizei aquele texto firmando alguns pensamentos que até a mim pareceram muito fortes. Andei perto de me arrepender. Mas, finquei pé:
·         Papai Noel sempre foi um impostor.
·         Tomou sem nenhuma cerimônia o lugar do menino Deus.
·         Com aquele jeitão aparentemente bonachão ele pensa que engana a todas as crianças. A mim, por exemplo, só enganou uma vez.
·         O natal tem a ver com o menino Jesus, enquanto Papai Noel com a ganância comercial.
·         No natal do Papai Noel ele pratica extorsão contra os pais das crianças, compra tudo que lhe vem à cabeça, põe tudo no saco que carrega às costas e sai distribuindo o que não é seu.
·         Papai Noel não é um sujeito razoável. Ele é tão irracional quanto às renas que o conduzem.
·         Papai Noel é discriminador. Dá os melhores e mais caros presentes para quem menos precisa. Para os mais necessitados ele dá reles presentinhos ou, quando muito, as invariáveis cestas básicas que matam a fome das crianças pobres somente no dia do natal.
·         Um dia após o natal a barriga das crianças volta a roncar de fome. O “bom” velhinho já está longe... Lá para as bandas da Lapônia. Alguém sabe onde fica a Lapônia?
·         O tal Papai Noel não está nem aí para as crianças pobres da África ou dos guetos e becos das cidades grandes. Que morram! Ele só volta agora no ano que vem. Se voltar. Ultimamente ele anda de saco cheio com os pedidos cada vez mais exigentes das crianças pobres. Elas, também, querem tênis de marca, roupas de grife, celulares smartfones (Iphone, blackberry,galax S II),  tablets, etc.

            Como havia previsto, a maioria dos participantes daquela festa de natal saiu frustrada. Com o ímpeto de um iconoclasta havia jogado por terra uma das mais caras crendices (ou cretinices?) dos adultos. Uma violência despropositada – disseram alguns – contra o espírito do natal que animava aquela festa. Tem nada não, o objetivo foi alcançado. Neurônios foram despertados e vibraram vigorosamente. Alguns contra. Outros a favor. Tudo bem, a mim, já que a professora insistira, importava dar um choque naquela gente hipócrita que fazia as crianças acreditarem que o Papai Noel fora sempre esse vovozinho tão bonzinho! Gente que nunca havia pensado nos milhões de crianças que – como eu até aos 10 anos – no natal jamais receberam a visita do Papai Noel.
Naturalmente que, naquele natal de 1996, a frustração do menino de onze anos que viera dos cafundós do Judas do Maranhão era coisa do passado. Homem feito sabia muito bem quem era o tal velhinho. Papai Noel e eu nunca resolvemos nossa quizila particular. De qualquer forma, a essa altura do campeonato e pela força das circunstâncias obrigamo-nos a mútua tolerância. A uma convivência quase amigável. Obra de minha filha mais velha que, quando com três anos, numa bela noite de natal, deixando-se envolver pela lábia do barrigudo velhinho, que desta feita não esperou a menina pegar no sono, recebeu dele uma linda boneca de última geração. Isso foi o fim da picada. O sagaz condutor de renas convenceu-a definitivamente de sua fama de bonzinho. Os três filhos seguintes seguiram a mesma trilha. Todos foram aliciados pelo tal Papai Noel. Perdi a batalha. Transformei-me em mais uma vítima do “doce chicote” desse velhinho maquiavélico. Ou velho Nick?  

Comentário do Blog


É certo que, mais efetivos se mostrassem os mecanismos de controle sobre a administração, menor seria a suspeição malversação dos recursos, bem como, o de corrupção.
E, sabes por quê? vejamos:
A Lei Complementar 101/00 e a Lei 10.257/01 prevêem a realização de audiências públicas nos processos de elaboração e discussão dos Planos, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei do Orçamento Anual, o que pode vir a concretizar no âmbito municipal, o princípio constitucional da participação popular.
Pelo disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal o poder executivo tem que ouvir a população no processo de elaboração daquelas leis ali especificadas, o que significa dizer que antes do envio do projeto de lei para o legislativo há necessidade de audiência pública para que a sociedade seja ouvida, porque a transparência e o controle popular na gestão fiscal é norma de caráter obrigatório.
No Estatuto da Cidade a exigência se repete, com a diferença de que a obrigatoriedade de ouvir a comunidade é expressa, transformando-se em condição de validade para a aprovação das referidas leis pela Câmara Municipal.
O prefeito que não incentiva e não garante a participação popular na sua administração, pratica crime de responsabilidade definido no art. 1º, XIV do Decreto-Lei nº 201 de 27 de fevereiro 1967, porque está negando execução à lei, não só à lei, mas à própria constituição; incorre ainda em crime de improbidade administrativa, prevista no art. 11 da Lei 8429/92, porque está atentando contra os princípios da administração pública.

O prefeito que a maioria não quis


Quem tem boca diz o que quer, ainda mais quando é político e tem o dom da lambança e da inverdade. Refiro-me a fala do nosso prefeito no dia de sua diplomação quando disse que aqui só tem  um vereador e um blog que não aprovam seu governo, quanta heresia,  será que 6.997 eleitores que  não votaram pra ele estão satisfeitos? Será que os professores (a) estão satisfeitos por ganharem o pior salário de todo médio mearim? Será que os proprietários de motocicletas do nosso município estão satisfeitos com a operação que foi autorizada pelo prefeito onde prenderam mais de duzentas motos? Um governo onde a perseguição é tamanha que chegaram a colocar 30 faltas numa funcionária enquanto ela estava de férias, e o mais gritante é que as 30 faltas foram no mês de fevereiro que só tem 28 ou 29 dias, enfim, nós temos um  governo apenas para inglês vê, puro engodo, tenha a santa paciência senhor prefeito.

Ambulância parada por falta de combustível


Depois de o advogado Raimundo Neto postar na sua pagina pessoal no facebook varias fotos da ambulância de São Luís Gonzaga do Maranhão há pelo menos 02 (dois) dias parada em frente às mansões do Prefeito de São Luís Gonzaga do Maranhão na cidade de Bacabal, um assessor do prefeito respondeu justificando o caso dizendo que o motivo seria a falta de um combustível especial que o veiculo usa e que não tem nem em São Luís Gonzaga nem em Bacabal. 
Você acredita nessa desculpa?
Se verdade porque não foi observada essa particularidade quando da aquisição?
Seria a mansão do prefeito em Bacabal o local correto para guardar o veiculo de propriedade do município de São Luís Gonzaga do Maranhão?
Com a palavra o prefeito.

Diplomação dos candidatos eleitos







Hoje 19/12/2012 aconteceu no fórum da cidade a diplomação do candidato eleitos a prefeito, vice-prefeito e também dos vereadores (a) com seus respectivos suplentes. Agora só resta agente torcer para que os mesmos façam uma boa administração, o que não vai ser fácil, já se antever pelo procedimento de alguns bem antes mesmo de se diplomarem, ou seja, suas prestações de contas da campanha foram reprovadas pela justiça eleitoral, ou seja, já sujando suas fichas para uma futura reeleição.     


O Blog em defesa da comunidade


O símbolo da revolta de um povo





Porque será que nós de São Luís Gonzaga  temos que passar por vários tipos de privações somente por falta de boa vontade  dos gestores municipais  quando os recursos são suficientes,  entretanto,  irresponsabilidade gera irresponsabilidade, vajam   na primeira foto o que aconteceu na gestão passada, e na gestão  atual  estamos  correndo serio risco de perder outro patrimônio publico, ou seja, o mercado foi inaugurado há sete meses e nunca entregaram o prédio para o povo, vejam na terceira foto onde os(a) verdureiros  trabalham,  como nossa administração não tem transparência agente não sabe de nada, somente conversa da radio peão, uns dizem que o mercado só vai ser entregue em junho no aniversário da cidade, outros dizem  que vai ser entregue em primeiro de janeiro, tem também  rumores que se não entregarem nessa data, tem uma turma que estão  se organizando para invadir se não for entregue, em fim nosso prefeito visivelmente está provocando a ira coletiva, vamos  torcer para que só invadam e não façam como fizeram com o prédio da prefeitura.

Procedimento Administrativo



Oficio n. 322/2012 - GPM


Luiz Gonzaga - 100 anos





LuizGonzaga em Exu com Álvaro Braga e familiares
Na ida para o churrasco passaram na casa de Zé Arruda e Luiz Gonzaga,
no Castelo do Giz, bebeu uma cachaça da terra devidamente acompanhada por um tira-gosto de caju, oferecido pelo Duque anfitrião,
conta Mandim Brasil e Kaburité. Muitas pessoas visitaram Luiz Gonzaga na casa do senhor Airton Alencar e dona Maria Bílio
*Álvaro Braga

            Dia de Santa Luzia, 13 de dezembro de 1912. Há cem anos nascia Luiz Gonzaga do Nascimento, esse valoroso sertanejo que transmitiu para o mundo todo as belezas do nordeste, fazendo com que a força desse povo singular fosse admirada e respeitada.
            Luiz "Lua" Gonzaga visitou Barra do Corda em duas ocasiões. Em todas, veio a convite de seu amigo Airton Alencar, comerciante de Exu, que se radicou em Barra do Corda no final dos anos 50. A viúva, senhora Maria Bílio lembra como foi a primeira visita do Rei do Baião em 1967:
            "Me lembro que o Luiz Gonzaga esteve aqui a convite do Airton e ficou contratado um show à noite na quadra do Colégio Pio XI. Não houve o show devido a desentendimentos com a direção da Escola que estava com medo da multidão de gente quebrar as coisas de lá. Então Airton intercedeu, comprou o show e trouxe o Luiz para tocar em frente nossa casa que ficava na praça Getúlio Vargas. Me lembro que ele tocou em cima de um caminhão acompanhado por três amigos que andavam com ele. Nunca esqueci dele tocando a música "No Meu Pé de Serra". Ele gostava de comer beiju, era eu fazendo e ele comendo. Também gostava de bolo frito, bolo de caroço, bolo podre, cuscuz de milho, leite, ovos e cuscuz de arroz. E o Airton deu uma pinga especial que ele adorava. Quando ele recebeu o pagamento do show, muitas pessoas vieram oferecer para ele um caminhão cheio de lenha como presente e outros com mais posses ofereceram um caminhão de arroz. O Gonzaga generoso como só, disse: - Airton, transforma tudo em arroz: dinheiro e lenha, que vou levar pra dar de comer a meu povo! E assim foi feito. Foram três caminhões daqui da Barra levando o arroz para ele distribuir para a pobreza do Exu. O Airton foi levando um, o Chico do Exu levou outro e um motorista levou mais outro.”
            O memorialista e poeta Heider Moraes lembra que ainda criança viu o Rei na antiga casa de morada da família de Airton Alencar e de Maria Bílio, atual casa da família de Ventura, levado pelo falecido Zé Airton, um dos filhos de Zequinha Alencar, primo e cunhado de Airton Alencar:
            "O Zé Airton nos levou (um a um pois éramos um grupo de mais ou menos sete amigos) ao interior da casa do Airton Alencar pra conhecer o Luiz Gonzaga... Tinha muita gente em volta e a gente ficava de longe, feliz da vida, apreciando aquele que já era grande e só ouvíamos pelo rádio...
            À noite, naturalmente não daria pra entrar no Pio XI, penso que era pago e era muito caro o ingresso. Então devida à confusão, foi adaptado um caminhão na praça Getúlio Vargas, Luiz Gonzaga cantou muitas músicas... Na minha mente, acho que ele estava vestido à caráter em trajes de vaqueiro. Lembro que era muita gente em volta do caminhão. Gente inclusive com discos na mão, que levantava, demonstrando que eram fãs... Acho que passou das 23h, porque eu dormi debaixo daquele caminhão que ele estava cantando... Acabou o show, alguém disse: - Acorda, menino, vai pra casa!...
            No dia seguinte, era o que se falava na escola Pio XI. E por muitos dias era o que se ouvia as pessoas lembrando de detalhes do show."
            Por muito tempo especulou-se o real motivo da confusão que culminou com o cancelamento do show de Luiz Gonzaga no Pio XI. Alguns chegaram a atribuir o motivo ao descontentamento de Frei Virgínio, com o aval de Dom Marcelino, com um princípio de baderna popular que teria se formado antes do show.
            Joaquim Bílio também relembra essa primeira visita do Rei do Baião à Barra do Corda:
            "Me lembro que havia muita gente na casa do Airton, meu cunhado, e lá estava também o maestro Moisés, o Zequinha Alencar e o Zé Arruda. Chegamos a fazer uma pequena apresentação para ele, que gostou demais. Tocamos a Canção Cordina e outras músicas. Ficou impressionado com o talento musical de Moisés, que conhecia todos os instrumentos.
            Fui presenteado na ocasião com o livro "O Sanfoneiro do Riacho da Brígida", de Sinval Sá, que ele havia lançado um ano antes, em 1966, no qual me fez uma dedicatória.
            Perguntei a ele o que ele achava de minha idéia de gravar um disco. Ele me desestimulou, dizendo que era uma coisa muito difícil. Até acho que naquela época era mesmo. O fato é que sepultei essa vontade depois dessa conversa."
            Quando Luiz Gonzaga se despediu de Barra do Corda em 1967, ele prometeu: - Um dia eu volto, hein!
            E voltou mesmo. Em 24 de setembro de 1983, para receber o título de cidadão barra-cordense e diversas homenagens.
            O título foi solicitado na Câmara pelo vereador Zezico Cavalcante, atendendo à pedido do falecido empresário Airton Alencar, que gostaria de homenageá-lo. A mesa autorizou o requerimento.
            Na operação muito contribuiu o empresário João Claudino, dono do Armazém Paraíba, amigo e parceiro de Luiz Gonzaga em outras ocasiões. João Claudino, em data posterior também foi agraciado com o título de cidadão cordino, uma estratégia dos vereadores da época que desejavam que ele ampliasse seus negócios em nossa cidade e gerasse mais empregos.
            Luiz Gonzaga chegou à Barra do Corda acompanhado de uma empresária e três amigos que tocavam triangulo, pandeiro e zabumba em um ônibus da Transbrasiliana, fretado especialmente para sua estadia na cidade, que estacionou ao lado do Correio e ficou hospedado na casa de seu amigo Airton Alencar. Depois disso, Luiz, trajado de branco, chapéu de couro pequeno e usando óculos escuros, se dirigiu à Câmara de Vereadores de Barra do Corda para ser homenageado.
            Foi recepcionado por vaqueiros trajados à caráter que, em seus cavalos, tendo à frente o vereador Edmar Linhares, saudaram o Rei do Baião na frente da antiga Câmara, com portas para a frente da casa de Eurico Maciel. A recepção à ele deve muito ao esmero de Raimundo José, Pedro Nolace, Leandro Cláudio, João Pedro Freitas da Silva e Airton Alencar que não mediram esforços para fazer uma acolhida especial.
            Na ocasião, além de Luiz Gonzaga, receberam o diploma de cidadão cordino o senhor Leandro Cláudio da Silva, através de solicitação do vereador Edmar Linhares e Adalberto Leite Brasil; e o jornalista Antônio Carlos Gomes Lima, o Pipoca, através de requerimento do vereador Henrique Orleans Queiroz.
            Henrique Orleans também havia protocolado pedido de título de cidadão cordino para Paulo Salim Maluf e para Edson Lobão. Justificou o pedido a Maluf afirmando que Maluf contribuiu para que o corpo de Fernando Falcão viesse logo para Barra do Corda, após ter falecido na capital paulista de enfarto, ao atrasar em uma hora um voo internacional da Vasp que, saindo de São Paulo, faria escala em São Luís. Maluf também conseguiu o caixão para Fernando Falcão. O título foi concedido e posteriormente enviado à Maluf. Lobão também foi agraciado com o título de cidadão e veio recebê-lo em outra data. Henrique afirma que inicialmente foi contra o título a Gonzaga, mas depois assinou o requerimento.
            Adalberto Leite Brasil foi outro que lembra dos títulos daquele dia: "Eu me pronunciei contra o título a Luiz Gonzaga justificando: Como é que vão conceder um título a uma pessoa que vem aqui tocar um forró?" Mas acabou assinando. Lembra também que na época foi proposto um título ao coronel Alcindo.
            A sessão solene teve início com o auditório lotado. Era época de governo de Elizeu Chaves Freitas e o presidente da Câmara era o vereador Joaquim Veríssimo a quem coube a honra de assinar todos os diplomas concedidos naquele dia.
            Oradores se revezavam e o senhor Pedro Nolace lembra: "Primeiro, o Rei foi saudado por Domingos Augusto que era o mestre de cerimônias e a seguir falaram João Pedro Freitas e José Nogueira Arruda. Depois discursaram os que haviam recebido o diploma: o titular do cartório e desportista Leandro Cláudio da Silva e o jornalista Antônio Carlos Lima. Na vez de Luiz Gonzaga falar ele agradeceu a todos pela recepção e da honra de voltar mais uma vez à Barra do Corda onde morava seu compadre Airton Alencar e disse: - Meus amigos, eu não tenho o dom da oratória, eu não sei discursar, o que eu sei é cantar! E cantou sem acompanhamento musical a música Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense: "Não há ó gente, ó não, luar como esse do sertão", e regeu o povo presente, que cantou junto com ele. Ele ainda cantou a música “Sonho”, recente composição.
            Além das funcionárias Suely e Fátima estavam presentes na ocasião o então vereador Gerôncio, do Centro dos Ramos; senhor Pantaleão; Mandin Brasil; vereador Bena Almeida; Frei Luiz Rota; empresário Airton Alencar; empresário Dorgival Castro; Raimundo José; Chico Afonso; Pedro Nolace; vereador Pantaleão; vereador Zezico; vereador Henrique Orleans, vereador Joaquim Veríssimo, vereador Domingos Augusto; vereador João Chaves Freitas; vereador Antonio Amorim (Tonheiro); Adalberto Leite Brasil; José Arruda; vereador Edmar Linhares; vereador Jeferson Nepomuceno e muitas outras pessoas.
            Após o evento seguiram para o Guajarara Clube para descontraírem um pouco com boa música boa comida e boa bebida. Gonzaga ficou muito feliz e chegou mesmo a dançar naquele piso famoso.
            Após a descontração no Guajajara Clube, ele foi levado pelo senhor Leandro Cláudio para dar o pontapé inicial em um logo do Grêmio no estádio Aliança, mais conhecido como Jesualdão, ao lado do Diocesano. Foi todo de brim branco e chapeuzinho de couro pequeno.
            Zezico, autor do título de cidadão ao Rei do Baião relembra: “Depois do Guajajara fomos ao Estádio ali do Nossa Senhora de Fátima e ele cantou e participou da Missa do Vaqueiro. As músicas foram: Sanfona Branca, Boiadeiro e Karolina com K”. Depois fomos até a Rádio Guajajara, onde ele foi entrevistado”.
            Dorgival Castro lembra do radialista que o entrevistou: “- Foi o Osmar Santos”.
            O senhor Peres, ferreiro: - “Ele tocou a música Karolina com K e a sua sanfona era branca muito bonita. Na hora que o Luiz chegou mais o seu Leandro uma pessoa disse: - Seu Luiz o senhor tá muito parecido com o seu Leandro! Gonzaga respondeu: - Ôxe! Qual o que? O Leandro é um véi, rapaz!”
            O Batista, da Caema, afirma que o jogo foi Grêmio x Moto Clube. E que o Moto saiu na frente, mas o Grêmio fez dois gols e virou o jogo e houve um princípio de confusão pois o Moto achou que o juiz (Timbó) estava tomando a partida para o time de casa e ameaçaram abandonar a partida. Depois disso chegaram a empatar e terminou 2 x 2. Ainda recorda que depois do jogo foram beber na Calçada Alta e no Bar do Mocado (atual Elzir Calçados) e um jogador do Moto, o Gaspar ficou bebendo cachaça com eles e banhando no Porto da Rampa. Não queria mais ir embora da Barra.
            O professor Benones, que também era atleta do Grêmio recorda que não estava presente naquele jogo, mas acha que o adversário do Grêmio era um time local.
            Na mesma noite ele fez um show no Clube das Samaritanas (Maçonaria). O senhor Pedro Nolace lembra: "Fui buscar Luiz Gonzaga na casa de seu Airton em minha belina branca e o levei para a Maçonaria à noite. Ele estava cansado e tocou poucas músicas, mas a festa continuou noite a dentro. Ele pediu desculpas, alegando dores no joelho, depois de um dia intenso de homenagens e recordo bem de três músicas que ele tocou: Asa Branca, Assum Preto e Aquilo Bom.
            No outro dia pela manhã houve um magnífico churrasco de um carneiro gordo na Maçonaria para homenagear o Rei e foi muito animado. Deu muita gente que veio conhecer o Rei, abraçar e tirar fotos.
            Na ida para o churrasco passaram na casa de Zé Arruda e Luiz Gonzaga, no Castelo do Giz, bebeu uma cachaça da terra devidamente acompanhada por um tira-gosto de caju, oferecido pelo Duque anfitrião, conta Mandim Brasil e Kaburité.
            Muitas pessoas visitaram Luiz Gonzaga na casa do senhor Airton Alencar e dona Maria Bílio. Lá estavam os filhos Aurílio, Airtinho e Selma. Também Zilmar Arnaldo Alencar, Raimundinho Carvalho, sogro da Haydine, Elizeu Freitas e dona Nery, Dilamar Medeiros e esposa Graça; Fátima Arruda e muitos outros. Tiraram muitas fotos.
            Dona Maria Bílio recorda ainda: “Ele gostou muito da cidade e daqui de casa, era uma alegria só. De manhã ele comeu muitas tapiocas de côco e pãozinho com café e leite. Fiz um bode no leite de côco que ele comeu demais. Também preparamos dois peixes diferentes, liro e surubin que ele gostou muito. O Airton preparou uma cachaça especial e ele sempre dava uma provada. Depois no porto do quintal aqui de casa ele disse: - Airton, eu vou banhar no rio. Vestiu um calção e desceu para o Mearim. Airton foi com ele, e amarrou uma corda na cintura dele. A corda era daquelas grossas e ele sorria muito e nadou e o Airton puxava quando a correnteza tava levando. Ele se divertiu muito. Foi muito feliz aqui. Ele passou três dias e quando ele foi se despedir, recomendou ao Airton: - Olha Airton, muito cuidado com ela, viu seu cabra! Você não arranjou uma mulher não, você arranjou foi uma jóia preciosa! Tenha cuidado com ela! Dona Maria ainda recorda que o cajueiro de sua casa atual no Incra, já existia quando eles foram morar ali. E diz que ela e seu esposo Airton nunca brigaram.” Uma linda história de amor.
            Assim foi o resumo da viagem de Luiz Gonzaga à Barra do Corda.

              Em Exu
            Em 1988 eu fiz uma viagem à Juazeiro e Crato, com meu pai e irmãos. Antes passamos em Assaré e fomos comprar um livro na casa do poeta Patativa do Assaré, que inclusive é o autor de A Triste Partida, gravada por Luiz Gonzaga. Na ocasião, quando falamos que estávamos indo à Exu, Patativa disse: - Digam ao Gonzaga que estou mandando um abraço pra ele. Então solicitei a meu pai que fôssemos até a cidade de Exu para conhecer Luiz Gonzaga, que já se encontrava doente. Pedido atendido e eu levava um presente de uma fitinha K-7 com uma gravação do “velho Januário”, pai de Luiz Gonzaga, que eu havia adquirido do acervo da Radio Nacional, datada de 1952.
            Chegamos ao Exu, vimos o Posto Gonzação, fomos direto para a Pousada Parque Asa Branca. Logo ao entrarmos se via a Casa de Januário, bem cuidada casa. Um sobrinho de Luiz, chamado Joquinha Gonzaga nos levou até a casa do Rei do Baião e entramos na casa junto com esposa dele, Helena Ramos Gonzaga.
            Ao entrarmos em seu quarto, eu e meus irmãos, Simone, Ivan e Mayra, acompanhados dos irmãos Maria Gomes (segunda esposa de meu pai) e Geraldo, Luiz Gonzaga que estava deitado em uma rede foi muito atencioso com aquele seu jeitão sertanejo: - vamos entrando, vamos entrando, vamos se sentando... Oh minha neta, cadê a benção? Estão vindo de onde meus filhos? Respondi – De Parnaíba, seu Luiz e trago um presente que o senhor vai gostar. O que é? Disse ele. Uma fita de seu pai tocando em 1952 no programa de Cézar Ladeira na Radio Nacional! Ele se espantou e disse: - Pois ligue esse negócio aí pra gente ouvir! A fita já estava no ponto e ele ficou escutando e só dizendo: - Ô beleza! E ouviu sem que ninguém o interrompesse. Uma lágrima de saudade correu de seus olhos. Gostou demais e agradeceu a lembrança. Depois,  conversamos bastante e falei do abraço de Patativa do Assaré para ele, e ele ficou satisfeito: - Outro pra ele! Quando já nos despedíamos, ele falou: - Mas você não vai sair daqui de mão abanando não! E se dirigindo à esposa falou: - Ô Helena, traz aquele álbum, que vou dar um pra esse garoto que ele merece! Tiramos fotos, gravei a conversa e pedi que ele autografasse o Álbum, ele se ajeitou na rede dando alguns gritinhos de dor e sorrindo, pediu uma caneta especial dele que estava numa mesa e foi autografar a capa do disco. Me perguntou: - Qual a sua graça? Álvaro, respondi. E ele escreveu: “Para o Álvaro Braga com a amizade de seu amigo, Luiz Gonzaga, Exu, 04/10/1988.”
            Em agosto de 1989, menos de um ano após essa visita, ele morreu, deixando um imenso vazio na sua legião de admiradores. Foi a única vez na vida que vi meu pai chorar.
            Salve querido Rei do Baião, por estes 100 anos, onde estiver!

*Álvaro Braga é escritor, mora em Barra do Corda (MA)






Álbum 50 Anos de Chão que Luiz Gonzaga presenteou o Álvaro Braga
 em 1988 no Exu (PE)


Chegada de Luiz Gonzaga na Câmara de Vereadores de Barra do Corda
 para receber título de cidadão cordino

Luiz Gonzaga dançando animado forró no Guajajara Clube
 ao lado de Leandro Cláudio da Silva

Do: TB