EDITORIAL

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POR QUE TANTA OSTENTAÇÃO?

Longe de mim querer me insurgir contra esse turbilhão de exibicionismo a nossa volta, nas redes sociais e na vida real. Nada contra endinheirados e a liberdade que têm de viver e de se expor como bem entendem. E é natural que tantos jovens se sintam obcecados pelos ganhos fáceis de seus ídolos. O problema começa quando a obsessão pelo excesso, incluindo o de dinheiro, torna-se o principal objetivo, o único.
Não faz muito, vimos uma dessas caricaturas do acúmulo sem maior esforço ruir entre iates e carros luxuosos. Nem mesmo o juiz responsável pelo caso resistiu ao fascínio de sair pelas ruas pilotando um Porsche branco, como nos fantasiosos clipes de funk ostentação. E ainda teve aquele corrupto com tanta obra de arte em casa, que daria para montar um museu. É ingênuo imaginar que pessoas assim possam, espontaneamente, se tornar mais humildes. Também não é o caso de desejarmos vê-las na miséria. A não ser quando ocorre por opção, pobreza é uma condição degradante. Mas podemos, sim, pressionar pela redução de privilégios que facilitam o vale-tudo.
Qual, por exemplo, a razão de  políticos e magistrados ganharem um salário tão superior ao de outros profissionais _ inclusive dos que os prepararam para chegar aonde estão? Precisa tanto ministro, tanto secretário? Mais: por que sobra tanta comida em algumas mesas? Por que há tanto esbanjamento? Sem esquecer que, hoje, tudo vira evento, show _ até mesmo festinha de criança. Impossível que isso não ajude a levar mais gente ainda a vender a alma ao diabo. A fatura demora, mas vem.
Claro que não há só uma razão para o apego excessivo à pompa, nem uma única forma de enfrentá-la. Mas podemos nos inspirar menos em quem só pensa em acumular _ inclusive o que é nosso _ e mais em quem defende valores essenciais. A simplicidade, por exemplo. O respeito ao próximo e ao que é do próximo. O estudo. Parece óbvio, mas não tem o que garanta mais crescimento interior e a riqueza que realmente importa, pois nos engrandece, mais que bom sermos ricos da graça de DEUS.

Edmilson Moura.

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