Futuro governador quer interferir na eleição da Assembleia Legislativa




O governador eleito no Maranhão, Flávio Dino, nem bem assumiu o cargo já se arvora de dono dos plenos poderes da Assembleia Legislativa do nosso Estado.

De Brasília, onde ‘twitta’ todos os dias os nomes que irão compor sua equipe, Dino ordenou sua tropa a não comparecer ao plenário do Legislativo maranhense para que seja votada uma PEC que estabelece até dez dias o prazo para que, na provável renúncia de Roseana Sarney agora no início de dezembro, seja eleito de forma indireta o substituto da atual governadora.
O deputado Marcelo Tavares, futuro chefe da Casa Civil do governista de Flávio Dino, foi escalado para impedir que a PEC seja aprovada. O problema não estaria na eleição de Arnaldo Melo para governador pelos 42 votos da Assembleia Legislativa.
A desconfiança é que com a renúncia de Arnaldo Melo para substitutir legalmente Roseana Sarney, os deputados elejam um parlamentar que tenha sido reeleito. E assim, o futuro presidente do Legislativo, no exercício do cargo até o dia 31 de janeiro, queira no dia primeiro de fevereiro se reeleger para o cargo.
Ora, há um compromisso de ampla maioria dos parlamentares reeleitos da base do governo e os da ainda oposição, e mais os novatos com a eleição de Humberto Coutinho para presidente da Assembleia. Dificilmente esse acordo será quebrado.
De 20 deputados eleitos e considerados como aliados do Palácio dos Leões, ao menos 16 disseram ao Blog do Luis Cardoso que vão votar em Humberto Coutinho, numa clara sinalização de que serão governo na gestão de Flávio Dino. Da bancada governista eleita e reeleita, o Blog se arrisca a informar que apenas cinco ficarão na oposição.
Desconfiado, Marcelo Tavares toma como exemplo o fato de Ricardo Murad que estava com a maioria para ser eleito presidente do Legislativo em um dia e acabou no dia seguinte defenestrado do trono que nem sentou. São situações diferentes e Murad nunca esteve com a maioria e muito menos com o apoio da governadora.
Se é para facilitar que um deputado estadual possa ser eleito governador, ainda que pela via indireta, o que seria uma forma de prestigiar a Assembleia Legislativa, basta eleger agora algum parlamentar que não tenha sido reeleito.
O deputado Tatá Milhomem é suplente mas, no exercício do cargo, pode ser efetivado com a renúncia de Arnaldo Melo para ser governador, e tem o perfil ideal para ser o presidente do Legislativo. Aliás, tem o apoio da ampla maioria dos que estão no mandato.
“O Tatá nem precisa me pedir votos. Ele representa aqui quase que a unanimidade da Casa”, disse ontem o deputado Hélio Soares ao Blog. “Se tivesse sido eleito em 2010, com certeza seria nosso presidente”, lembrou o deputado Neto Evangelista.
Então, para evitar que o governador interfira antes do tempo nos destinos do outro poder que deveria ter autonomia, que reine o consenso naquela Casa, e que o diálogo vença a prepotência.

Do: http://luiscardoso.com.br/

1 comentários:

  1. GATO ESCALDADO

    Pois é o governador eleito do Maranhão Flávio Dino está desta forma que o gato que já se queimou em água quente (escaldado) não pode ver a água, mesmo sendo fria, pois já fica com medo de se queimar. E a gente usa essa expressão meio que pra dizer que se tem medo de algo, mesmo ele sendo muito menor do que algo semelhante que a gente tenha passado na vida. Tipo assim: alguém que já foi atropelado e que agora só atravessa na faixa de pedestre com o farol fechado para os carros, ainda assim com muito cuidado, poderia dizer: é, gato escaldado tem medo de água fria. Deu pra entender? O motivo do governador eleito Flávio Dino. Pois é gato escaldado tem medo de água fria.

    Edmilson Moura.

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