Casos de nepotismo maculam 'ficha' de Gastão Vieira

O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB/MA), que substituiu o octogenário Pedro Novais, costuma fazer piada com o próprio nome. Na Câmara, em conversas com colegas, chama a si mesmo de “Pato de Sorte”, numa referência direta ao primo sortudo do Pato Donald, personagem de Walt Disney, que, como ele, também leva o nome de Gastão. Mas a sorte de Gastão não vem de berço. Ela começou a partir da relação de amizade com o clã Sarney. 

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), teve peso importante em sua trajetória política e foi decisivo para sua indicação ao Turismo, na última semana. As negociações que levaram à nomeação de Gastão, no entanto, não foram nada fáceis, apesar do apadrinhamento do cacique maranhense. Começaram cedo na quarta-feira 14 e só terminaram às 22h30. A dificuldade se explica. Após perder o quinto ministro em nove meses, quatro deles envolvidos em denúncias de corrupção, a presidente Dilma Rousseff avisou que não queria “errar uma sexta vez”. Pediu ao PMDB um “ficha limpa” e ensaiou resistência à indicação de outro nome do Maranhão. Mas, depois de consultar perfis indicados por outros caciques peemedebistas, o Palácio do Planalto acabou cedendo às pressões de José Sarney a favor de seu afilhado político.

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