Saiba como funciona o esquema de aluguel de veículos para prefeituras

O comentário muito apropriado e inteligente de uma leitora nos fez refletir sobre um esquema muito comum nas várias prefeituras do Maranhão. Que é o aluguel de veículos.

O esquema funciona da seguinte forma, determinada pessoa compra a prazo uma veículo usado em uma concessionária, depois disso ele entra em contato com o prefeito e consegue um contrato de locação de um até 01 ano. Se ele ficar apoiando o prefeito, pode até ser prorrogado este contrato de locação.

Desse modo, se ele comprar um carro e financiá-lo pagando uma prestação de R$ 2.000,00 poderá alugá-lo à prefeitura por R$ 5.000,00 mensais. Normalmente, estes veículos são colocados na área da saúde para levar pacientes até São Luís.

Ou seja, pagaria a prestação do carro com os R$ 2.000,00 e embolsaria os outros R$ 3.000.00. Essa é uma forma descarada que os prefeitos arrumam para dar uma "forcinha" àqueles que o ajudaram na campanha.

Essa tática também é usada para cooptar alguns vereadores. Muitos deles tem um veículo alugado à prefeitura. Outros tantos, para não dar na vista da população, colocam em nome de parentes ou amigos. São os conhecidos 'laranjas'.

Assim, se vocês começarem a ver determinados políticos desfilando em um carro diferente a cada hora podem escrever. Ele adquiriu para alugá-lo à prefeitura.

Afinal de contas, quem é que pode mudar de carro todo dia recebendo uma salário de apenas R$ 2.500,00 reais. Esta é média dos salários de um vereador no Estado do Maranhão.

Abram o olho!

2 comentários:

  1. Imprensa, MP e Justiça: quem faz as denúncias?
    MP tem que partir para cima das prestações contas do FUNDEB, do SUS, Secretaria de Esporte, Infraestrutura, Administração e do FPM e sabe porque? veja a matéria.
    Por Ricardo Kotscho*
    Com os malfeitos municipais (licitação do Controlar) e estaduais (contratos do Metrô) tomando nas últimas semanas o lugar dos casos federais que dominaram o noticiário durante todo o ano, deu para notar uma importante diferença na origem das denúncias.
    No plano federal, quem toma a iniciativa das investigações, das denúncias e, às vezes, até dos julgamentos de ministros, é a imprensa, quer dizer, os principais veículos de comunicação do país, com interesses econômicos contrariados ou com medo do fantasma do "controle social da mídia".
    A Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça vão a reboque do clamor da imprensa e dos partidos de oposição, tomando providências em função do noticiário e da opinião publicada (não confundir com opinião pública).
    Já em São Paulo, dá-se exatamente o contrário. Tanto no plano municipal como no estadual, quem investiga, denuncia e julga são os orgãos competentes e é a imprensa que vai a reboque dos fatos, limitando-se a registrar o resultado das investigações policiais e dos inquéritos do Ministério Público.
    O denuncismo seletivo e o tratamento diferenciado, oferecido principalmente pelos jornalões paulistas, acaba se refletindo também nas revistas semanais e nos telejornais de maior audiência, que só costumam repercutir e amplificar as denúncias contra o governo federal.
    É verdade que a "Folha" foi quem levantou a lebre do contrato das obras de um trecho da Linha 5 do Metrô, ao provar que os vencedores da concorrência já eram conhecidos seis meses antes. Depois disso, porém, ninguém mais foi atrás do assunto, até que a Justiça determinasse a suspensão das obras e o afastamento do presidente do Metrô, que já voltou ao cargo.
    No caso do estranhíssimo contrato da Prefeitura com o Consórcio Controlar (das empreiteiras Camargo Correa e Serveng) para inspeção de veículos, assinado em 2007 por Gilberto Kassab, dez anos depois da licitação feita ainda nos tempos de Paulo Maluf, a imprensa só se interessou pelo assunto depois que o Ministério Público terminou suas investigações e a Justiça tomou providências, decretando o bloqueio dos bens do prefeito.
    O destaque dado no noticiário às denúncias contra ministros, que já levaram à demissão de cinco deles, é desproporcional aos valores e à natureza dos ditos malfeitos, se comparados aos prejuízos causados aos cofres públicos pelo Metrô (em torno de R$ 300 milhões nos cálculos do Ministério Público) e pela Controlar (os promotores calcularam o valor da ação em R$ 1 bilhão).
    Não se trata de mensurar a corrupção, mas de questionar o tratamento desproporcional dado pela grande imprensa a casos de igual gravidade no governo federal, no estadual e no municipal.
    Só os donos da mídia e seus prepostos não estão se dando conta de que, com a internet, não dá mais para ter este tipo de comportamento sem que todo mundo perceba. É isso que explica a crescente perda de freguesia e de credibilidade da velha mídia.
    *Ricardo Kotscho é jornalista
    Fonte: Blog Balaio do Kotscho

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  2. Essa materia aqui é otima! O povo tem mesmo que saber como funcionam os esquemas.
    Temos que abrir os olhos, se não seremos sempre passados para tras por esses ganaciosos!
    Rebelde sou seu fã!!!

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